Em uma noite ímpar para a família cruz-maltina, o Club de Regatas Vasco da Gama realizou, na noite do dia 22 de janeiro de 2021, a sua mais harmoniosa, emocionante e produtiva sessão de posse de um Conselho Deliberativo do clube.
Nos momentos que antecederam a sessão, houve ainda uma batalha judicial, que poderia impossibilitar a sua realização, por conta de uma liminar conseguida por uma chapa derrotada nas eleições de novembro de 2020, mas que se recusa a aceitar a derrota, tentando impor ao Vasco, a continuidade dos anos de instabilidade política.
Mais do que a própria liminar, instrumento legítimo quando usado em favor do pleno direito do cidadão e das instituições, foi a forma como ela foi concedida, através da decisão de um juiz completamente comprometido com a parte solicitante, o que, por si só, se mostra uma conduta ilegal, imoral e que certamente seria derrubada posteriormente.
Os autores do pedido de liminar sabiam do desfecho futuro deste embate, mas contavam que o tempo seria limitado para que a liminar fosse cassada a tempo da realização da sessão.
Ledo engano. Poucos minutos antes da realização do evento, um efeito suspensivo garantiu a realização da posse e, a partir daí, o que se viu foi a mais marcante reunião de posse de um conselho do Vasco dos últimos 20 anos, no mínimo.
Repleta de momentos de união e harmonia, o Vasco pôde ser novamente o protagonista. Discursos emocionados, exaltavam a dedicação de todos aqueles que nunca desistiram de iniciar as mudanças que irão colocar o clube de volta ao seu lugar de destaque no cenário mundial do futebol, com uma gestão moderna, transparente e segura.
Foi a redenção de milhões de vascaínos que esperavam por esse momento e de centenas, ou milhares, que já tentaram durante esses últimos 20 anos, mas que esbarravam na má vontade e, por muitas vezes, na má fé daqueles que apenas querem o Vasco como seu, atendendo a interesses particulares.
Todos os presentes se preocuparam apenas em criar um compromisso de união dentro do Conselho Deliberativo. Júlio Brant, líder da chapa que ficou em segundo lugar na disputa e que ganhou o direito de indicar 30 membros para o novo conselho, pediu a palavra, agradeceu a participação de todos no processo, em especial a do ex-presidente a Assembleia Geral, Faues Cherene Jassus (Mussa), e a do ex-presidente da Diretoria Administrativa, Alexandre Campello.
Brant também garantiu que a oposição será fiscalizadora, mas em alto nível. Que confia na administração do novo Presidente Jorge Salgado e não medirá esforços para aprovar as pautas tão sonhadas para a evolução e proteção da entidade Vasco da Gama.
O líder da Sempre Vasco ressaltou que o Vasco tem a oportunidade de fazer história e que o conselho não perderá essa oportunidade e finalizou seu discurso, deixando um recado importante para todos de que, mesmo a despeito das pessoas que querem conturbar o ambiente, esse será um conselho sem caos, sem baderna e sem confusão, onde o Vasco estará sempre em primeiro lugar.
Após o discurso de Brant, o novo conselheiro Simão Argolo, colocou com propriedade uma questão de ordem, para ser analisada pelo novo conselho empossado. Tal questão versava sobre o conflito gerado pela recente mudança no estatuto, mais precisamente entre dois artigos que definiam datas diferentes para a posse do novo presidente eleito. Um dos artigos definia a primeira semana da segunda quinzena e, o outro artigo, a segunda semana da segunda quinzena, ambas no mês de janeiro imediatamente após a eleição.
Colocada a questão para o conselho, o novo presidente do conselho, Carlos Fonseca, antes do seu discurso final, colocou em votação se os membros presentem aprovavam que a posse do novo presidente eleito, Jorge Salgado, devesse ser empossado já na sessão corrente, que estava sendo realizada no último dia da primeira semana da segunda quinzena de janeiro, evitando que a diretoria administrativa, para todos os efeitos, ficasse sem um presidente em exercício, uma vez que o mandato de Alexandre Campello findava exatamente junto com essa sessão de posse. Essa posse também eliminaria qualquer manobra jurídica daqueles que desejam conturbar o processo eleitoral do Vasco.
E a decisão foi unânime e favorável à posse do novo presidente. Seguiu-se então um momento de exaltação e comemoração pela decisão, principalmente quando o novo presidente seguiu para o púlpito, para realizar o seu discurso, que encantou a todos os presentes. Foi realmente um momento especial de confraternização, como se o Vasco houvesse ganho um título importante, há muito não visto entre vascaínos.
Ao final da solenidade, Carlos Fonseca proferiu um discurso emocionado e prometeu transparência, ética e responsabilidade, marcando definitivamente essa data com palavras fortes e que representam o sentimento preso do coração e na garganta de todo aquele vascaíno que ama realmente o clube, e que sofreu tanto durante esses últimos anos:
A frase – “Eu mando aqui !!!!” – Nunca mais será ouvida no clube.
E a sessão foi encerrada com o mais emocionante e efusivo “casaca” dos últimos tempos, puxado pelo novo presidente da Assembleia Geral, Otto Carvalho.
O Saudações Vascaínas espera que o Vasco, finalmente, tenha se libertado definitivamente das amarras do passado para, certamente, trilhar um caminho diferente, que irá orgulhar e unir os milhões de vascaínos espalhados pelo mundo.
Saudações Vascaínas
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