Há pouco menos de três meses, quando teve seu nome anunciado como o novo técnico do Vasco, Vanderlei Luxemburgo foi mais uma vez objeto de controvérsia: quem de fato comandaria o time então na última colocação do Brasileirão? O bom e velho “pofexô”, detentor de cinco títulos nacionais? Ou mais um treinador com ideias ultrapassadas, de nenhum trabalho de expressão na última década?

Embora ainda seja muito cedo para proferir um veredito definitivo acerca do desempenho de “Luxa” à frente do Gigante da Colina, algumas considerações já são cabíveis. Em relação aos números, sob seu comando, o Vasco disputou 7 jogos pelo Brasileirão, com 3 vitórias (todas em São Januário), 2 empates e 2 derrotas (ambas fora de casa). O time não apenas deixou a “lanterna” do campeonato, mas há 3 rodadas não frequenta a temida zona de rebaixamento.

Todavia, entendo que a análise a ser feita deve ser menos rasa. O Vasco das primeiras quatro rodadas era qualquer coisa menos um time: não havia padrão de jogo, não havia organização tática, não havia nem confiança. Por esse aspecto, não há grande mérito de Luxemburgo, já que qualquer evolução promovida nesse grupo era o mínimo que se esperava de seu trabalho.

Mas o que se viu na sequencia foi um “algo mais”: um time mais organizado em campo, que dá menos espaços aos adversários quando não tem a bola e que, quando ataca, varia as jogadas, valorizando o toque de bola em detrimento de uma “pseudo-velocidade”, natural afobação de quem parecia desesperado por um gol.

Falta muita coisa ainda: não temos um homem de referência na frente, fundamental para um time que precisa finalizar com eficiência para não voltar a sofrer no campeonato; a criação das jogadas ainda é deficitária, já que os gols continuam saindo em decorrência de “bola parada”; e nitidamente algumas posições apresentam carências individuais ainda não supridas pela Diretoria.

De qualquer forma, é inegável que Luxemburgo fez progressos e aquele time outrora fadado a protagonizar mais um vexame já inspira a torcida vascaína a acreditar em um cenário mais favorável ao final desta temporada. Se o “pofexô” não se desviar de sua atual metodologia e continuar fazendo com que seus “alunos” sejam cada vez mais aplicados em campo, o Vasco tem condições de não precisar “passar de ano raspando” e, quem sabe?, sonhar com um 2020 nota 10.

/+/ Saudações Vascaínas /+/