Passada uma semana da goleada sofrida pelo Cruzeiro, em pleno São Januário, que decretou a eliminação da Libertadores 2018 e, muito possivelmente, também da Sul-Americana, o Vasco parece ter gostado de passar vergonha e tomou mais uma paulada na noite de ontem. O protagonista da vez foi o Bahia, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.
A derrota acachapante por 3×0 pode ter decretado mais uma eliminação, talvez a terceira, em um intervalo de uma semana. Talvez seja porque as confirmações só ocorrerão nos dias 22/05 e 16/07, quando o Vasco enfrentará Universidad do Chile pela Libertadores e o Bahia, por Libertadores e Copa do Brasil, respectivamente. Em ambos os jogos, a situação do Vasco é muito difícil. Para se classificar a Sul-Americana, precisa vencer a La U no Chile, por pelo menos dois gols de diferença. Já na Copa do Brasil, será necessário uma vitória por quatro gols de diferença para classificação direta ou por três gols para levar a decisão para os pênaltis. Possível, mas improvável. Principalmente para um time fraco, apático e que toma gol todo jogo.
O jogo de ontem foi um show de horrores, para variar. A começar pela escalação. Zé Ricardo decidiu deslocar Werley para a direita, dando mais liberdade a Pikachu. Até aí, por mais que não fosse adequado, havia um argumento para a improvisação. O problema maior foi à escalação de Erazo na zaga. Um jogador que coleciona falhas individuais e que já ficou provado que sua presença piora e muito o nível da defesa, que já é fraco sem ele. A tragédia estava anunciada. Erazo, Henrique e Caio Monteiro, ou os três patetas, foram às melhores armas do time do Bahia, que construíram o placar por ali, podendo ampliar e abrir uma vantagem ainda maior no primeiro tempo, tranquilamente.
O time foi amplamente dominado. Em 24 minutos levou dois gols de um ataque de que finalizou 50 vezes em quatro jogos e marcou apenas um gol. Isso diz muito sobre a patética defesa do Vasco.
O restante do jogo foi mais um filme de terror, que acontece constantemente na tela do vascaíno. Um misto entre atuações tenebrosas dos jogadores e decisões horríveis do comandante. Escalação de Erazo, persistência de Wellington, substituição de Bruno Cosendey aos 30 do primeiro e permanência do inoperante Caio Monteiro por quase 80 minutos foram os destaques de Zé Ricardo ontem. A substituição do jovem Cosendey não melhorou o desempenho defensivo e nem o ofensivo, além disso, pode ter queimado o atleta. Cosendey foi pego para Cristo, estava participando pouco do jogo, mas porque a bola não chegava até ele. A substituição não era essa. Zé errou e quem pagou foi o garoto. Por ter sido treinador de base por muitos anos, Zé Ricardo deveria saber lidar melhor com situações como essa. Depois da experiência com Ricardo, não surpreende caso Cosendey caia no esquecimento.
A situação do treinador está piorando a cada dia. A fragilidade do elenco não está sendo mais aceita como argumento para insistir e ter paciência com Erazo, Wellington e Paulão. Existem outras ínguas como Henrique, mas que infelizmente precisam seguir no time por serem as únicas opções para posição. Além de todos esses erros sendo cometidos sistematicamente, a desorganização do time ontem agrava ainda mais a situação de Zé Ricardo. O técnico vem cometendo os mesmos erros, dia após dia, e a situação do time só piora. A demissão não é solução, até porque não temos opções no mercado que fariam um ótimo trabalho com as peças que nosso elenco dispõe. Mas está ficando cada vez mais difícil defender e entender Zé Ricardo.
As vergonhas estão acumulando. Todo adversário que nos enfrenta entra com confiança extrema. Estamos sendo amassados por times comuns. Zé Ricardo não é o principal culpado por esse cenário, mas não pode deixar de ser responsabilizado.
Esse elenco precisa de reforços para ter condições de permanecer na Série A sem maiores sustos. Caso contrário, as vergonhas que já passamos em 2018 serão apenas a ponta do iceberg.
/+/Saudações Vascaínas/+/
[…] que vascaíno quer é que a tragédia ocorrida no dia 09/05 não se repita, como mencionado aqui. Que vejamos algo completamente diferente […]