Mais um 0-0, mais um jogo fraco (fraquíssimo, na verdade), mais um jogo que não passa nem perto de um grande público, mais um jogo com histórico de briga de torcidas, mais uma vez mostrando que a decadência do futebol brasileiro é fadada por um conjunto de homens bobos que pensam de que estamos numa guerra.
Primeiro, os imbecis, que marcam brigas à distância. longe do cenário do jogo e, dentro de um estado falido e combalido, ninguém consegue investigar uma simples rede social para evitar. Desta vez foi em Irajá, há uns 30 km de distância do local do jogo.
Segundo, os treinadores, que iniciaram o jogo com táticas “useiras e vezeiras”, mais conhecidas do que o beabá e, em nome de uma monótona e tradicionalíssima “organização tática” amarram jogadores em esquemas “duros” e vão perdendo o drible, a jogada de efeito e a graça no futebol.
Por fim, a baixa qualidade técnica dos jogadores. Se pelo nosso lado o problema é crônico e vindo desde a maternidade para quase todos, no lado deles, há alguma pequena amostragem do que poderia ser exibido por alguns jogadores com mais refinamento técnico, mas que estão num “arremedo” de time, sem conseguirem mostrar nada.
Como resultado dessa soma de fatores negativos, um jogo mais do que abaixo da média. Um jogo para dar raiva. Podemos dizem com sinceridade que perdemos 90 minutos de nossas vidas, apenas pela possibilidade de termos um jogo que valesse a pena do até pouco tempo gigante “Clássico dos Milhões”. Nenhum dos jogos esse ano valeu a pena, e em um jogo com apenas duas chances claras para cada lado, marcado pelo número de passes errados e de faltas cometidas, nem o jogo tático valeu.
Nós que já vimos esses clássicos serem decididos na garra, na vontade, com 100.000 pessoas enchendo o Maracanã, com alternâncias e viradas no placar, com torcidas cantando e gritando por horas a fio, mais uma vez provamos que o caminho e a receita estão errados. A guerra que é incentivada por alguns só faz mal ao jogo.
Estamos perdendo em tudo. E as bravatas e os bandeiras só servem para acabar com a mística da maior rivalidade do Rio de Janeiro.
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