Por Guto Correia
No dia 28/08/2011, durante um clássico contra o flamengo, no Engenhão, Ricardo Gomes passava mal. O treinador que recentemente conquistara a Copa do Brasil estava sofrendo um AVC em plena partida, dando fim, assim, à sua história como treinador do Vasco da Gama e, concomitantemente, início à tenebrosa invenção de Cristóvão Borges como técnico.
Até aquele agosto, Cristóvão era auxiliar de Ricardo. A mão direita do técnico ajudava muito, principalmente no relacionamento com jogadores. Técnico e auxiliar tinham o plantel na mão. Mesmo contando com nomes problemáticos como Élton e Bernardo e com salários atrasados para o elenco.
Depois, começou a invenção de Cristóvão. Com o time montado por Ricardo Gomes, conseguiu se manter no topo do brasileirão daquele ano, levando o Vasco à segunda posição do campeonato. O time era valente, o que compensava as mexidas erradas de Cristóvão. Insistência com nomes que não estavam vingando foram a tônica daquele ano. Quem não lembra de Diego Rosa?
No ano seguinte, sem a ajuda do idealizador do time de 2011, Cristóvão teve a oportunidade de mostrar o seu jeito de comandar e montar o time. Era a oportunidade de se firmar como técnico de bom nível, em um time grande. Obviamente, como todos sabem, tal chance foi jogada pela janela, o que culminou na demissão do antigo assistente de Ricardo Gomes.
Mais alguns anos e diversos trabalhos pífios em times de primeira linha como Flamengo, Fluminense, Bahia e Corinthians. A contratação do técnico por esses times se deu pela continuação do trabalho de Ricardo Gomes e devido também a uma invenção da mídia que versava que Cristóvão era um técnico moderno, chegando ao disparate de compará-lo a Guardiola.
Em 2017, o Vasco foi ao mercado. Reforçou o time. Peças interessantes vieram para melhorar o plantel. No entanto, Eurico trouxe, para comandar a Nau, o velho e detestado conhecido Cristóvão Borges. Mais uma vez, podemos ver um festival de escalações erradas, improvisações de jogadores em posições esdrúxulas e, por último, a substituição dos melhores jogadores em campo, por jogadores que o técnico simpatiza.
Não é compreensível que o presidente acredite que o Vasco irá competir no alto da tabela e irá classificar-se para a Libertadores de 2018 com um péssimo técnico. Ruim e ultrapassado. Para piorar, Eurico tece mais um dos seus comentários ridículos, dizendo que Cristóvão é vítima de racismo. Falar isso para a torcida orgulhosa de um time pioneiro na contratação de jogadores negros é, no mínimo, falta de respeito.
Cristóvão não deveria sequer ter desembarcado em São Januário. Agora, precisamos nos livrar desse peso morto o quanto antes. Afinal, dado que colocamos metas audaciosas, ainda mais para um time que há 3 anos vive numa gangorra entre as séries A e B, precisamos de um líder capaz de levar o plantel ao melhor desempenho possível. Definitivamente Cristóvão é a crônica de uma morte anunciada.
É hora do presidente fazer algo, antes que saiamos da Copa do Brasil.
Saudações Vascaínas
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