Ontem recebemos a sugestao de pauta do leitor Gabriel Ramos. O amigo vascaíno sugeriu que falacemos sobre o possível processo impeachment. Vamos analisar o estatuto e entender quem é o maior favorecido com a retirada de Campello.
No estatuto está previsto que a diretoria administrativa é eleita e composta por presidente, primeiro vice presidente e segundo vice presidente. Dessa forma, se deposto, Campello perde os direitos políticos e é sucedido por Elói Ferreira de Araújo, o primeiro vice presidente. Caso Elói seja deposto ou venha a desistir da presidência, quem assumiria seria o segundo vice presidente, Sônia Andrade. Se, ela também for deposta ou renunciar acontece a vacância da diretoria administrativa e, caso não tenha atingido a metade do mandato, deverá ser convocada novas eleições. Se já tiverem atingido metade do mandato, quem assume é o presidente do conselho, Roberto Monteiro.
Conforme falado anteriormente na coluna A Nojenta Política do Vasco, Campello se elegeu num grande acordo envolvendo Eurico, Identidade Vasco e Campello. O único objetivo desse acordo era impossibilitar a então eleição de Júlio Brant. No entanto, após a derrubada de Brant e consequente nomeação de Campello, o presidente começou a mostrar que, ao contrário do que almejavam os Miranda e a Identidade Vasco, passava longe de ser apenas uma marionete publicando, inclusive um relatório que culpabilizava as últimas gestões pela péssima situação em que o Vasco se encontra.
Além da publicação, a exposição do contrato feito pela última administração com a empresa fantasma Lasa e os percentuais de cada jogador vascaíno detido pelo clube foram apresentados. Deixando os feupos que arquitetaram o golpe ainda mais insatisfeitos, acarretando no pedido de demissão em massa feito pelos vps. Não houvesse intenção de novo golpe Elói pediria também afastamento da primeira vice presidência, tal qual fez com a pasta que acumulava (também estava no departamento de relações especializadas). Com o possível impeachment Elói assumiria a presidência e, por ser ligado a Identidade Vasco, retrocederia neste processo de transparência que Campello conduz.
Além das questões supracitadas o aumento de poder da Identidade Vasco ajudaria Roberto Monteiro a se consolidar como o sucessor de Eurico Miranda, dirigente que é muito querido pelos grandes beneméritos do clube mas, devido a idade avançada, tem poucas possibilidades de concorrer a novo mandato. Os descendentes do ex-mandatário vascaíno não são populares no ambiente interno do clube e cada vez mais se mostram enfraquecidos no cenário político. Monteiro vê esse vácuo como a possibilidade de crescimento e o impeachment seria o pingo que faltava no i.
Quem sofre com isso tudo são os vascaínos que veem o clube cada vez mais nas mãos de pessoas que pouco se interessam pelo Vasco e muito se afeiçoam aos ganhos pessoais. Esses que querem o golpe do golpe tornam o Vasco em uma caixa preta diminuem mais e mais o clube transformando-o em um ambiente de vil política.
Não podemos deixar isso acontecer o Vasco pertence aos vascaínos e a eles apenas. Ao Vasco tudo!
Saudações Vascaínas!
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