Após mais um empate do Vasco, desta vez contra o Coritiba, nos encontramos em uma posição confortável na tabela para lutarmos contra o rebaixamento. A diretoria, no entanto, no início do ano, com a empáfia que lhe é contumaz, bradou aos sete ventos que o Vasco iria a Libertadores. Então, pergunto a você, leitor: qual é o lugar do Vasco?

O Club de Regatas Vasco da Gama é uma agremiação acostumada ao sucesso. Foi campeão de tudo. Por quatro vezes conquistou o Brasil, esse país com dimensões e quantidade de times equivalentes a um continente. Conquistamos a Copa do Brasil, mata-mata que envolve praticamente todos os times de todas as divisões brasileiras. Ganhamos a Libertadores e em nosso centenário (tarefa que outros clubes falharam de forma lamentável). Cariocas? As dezenas! Enfim, o que quero dizer é que o Vasco é um time gigantesco. Tanto na sua história quanto em suas conquistas.

Um time acostumado ao pódio, vive um apequenamento e uma acomodação por parte da torcida, jogadores e comissão técnica. Comemoramos conquistas tão pequenas e tão naturais a um time com essa grandeza que parecemos termos nos adequado a uma nova realidade. Nos últimos jogos o time vascaíno empatou com Chapecoense, Sport (eles sem o principal jogador, expulso no primeiro tempo) e Coritiba. Todos esses times lutam contra um rebaixamento (realidade que até a pouco era também nossa) e, no entanto, ao entrarmos contra eles, parecemos acovardados. Conseguimos um gol (nas ultimas partidas, inclusive, muito mais por ajuda do adversário do que por mérito nosso) e nos acomodamos lá atrás. Vivendo de um contra-ataque com jogadores lentos. A fórmula, portanto, se mostra falha e, no entanto, não nos revoltamos, não questionamos o momento. Existe uma tranquilidade no apequenar, no almejar menos.

O motivo para essa instabilidade e pouca produtividade é bem simples: Planejamento. O Vasco, vale lembrar, começou o ano com um técnico que foi detestado pela torcida em todos os times que passou. Era detestado, não sem motivo, por não chegar perto de resultados esperados. Por cismar com jogadores que produziam pouquíssimo em detrimento de outros. Além disso, o time atual fora formado durante a temporada. Vale ressaltar que nossa zaga titular só chegou ao Vasco depois da segunda rodada (Breno, Anderson ainda demorou mais). Essa falta de preparo e antevisão fez com que o time produzisse menos e tivesse que se adaptar, por 3 vezes a esquemas e técnicos diferentes. Natural que sejamos menos efetivos que times que desde o início da temporada estão formados.

A minha pergunta final é: O Vasco deve ser conduzido dessa maneira? Vocês estão satisfeitos com a luta pela oitava posição? Se estão, vocês já sabem quem deve seguir frente a nau vascaína. Caso não saiba, leia as entrevistas que estamos postando aqui e escolha algo diferente, capaz de mudar nosso rumo e inflar nossa vela. Temos uma ferramenta para mudar o Vasco. Vamos utilizá-la?