Por, Milson França, professor de História e Diretor Municipal.
Ao debruçar sobre as revelações de jogadores do Clube de Regatas Vasco da Gama, uma das maiores instituições esportivas do mundo, vide a riquíssima história futebolística e social, permeada pela luta de inserção de atletas de origem humilde, como operários, caixeiros que trabalhavam em armazéns e casas comerciais de patrícios, que os liberavam para que pudessem treinar no clube, e em especial pela contratação de atletas negros ao futebol, numa época em que o esporte se caracterizava pelo elitismo, o que lhe rendeu a exclusão do certame da elite carioca em 1924, dirigida pela Associação Metropolitana de Esportes Athleticos, (AMEA), após conquistar o carioca de 1923.
Eu, sou vascaíno desde 5 de dezembro 1982, após a vitória na final do carioca contra o Flamengo por 1 a 0, gol do Marquinhos ao resvalar de cabeça um escanteio cobrado por Pedrinho Gaúcho, no início do segundo tempo. Desse dia para os dias atuais, acostumei-me a ser feliz quando parava para assistir meu Vascão, por praticar um futebol arte, de jogadas inesquecíveis, vitórias exuberantes, títulos estonteantes, que me fazia e ainda me faz ter orgulho, alegria e agradecer aos deuses do futebol por ter me escolhido para engrossar a massa vascaína.
Mas retornemos ao tema central dessa coluna, as nossas divisões de base! O meu encantamento pelo Vasco, se deve a proliferação em quantidade e qualidades de craques do tipo cinco estrelas revelados na Colina histórica. Numa breve lista dos anos 1980 para cá, posso citar: Carlos Germano, Hélton, Mazinho, Felipe, Geovane, Bismarck, William, Romário, Edmundo, ufa! Meu deus! Será que Zeus apontava seu dedo para São Janu? E nos últimos tempos anda zangado que virou seu dedo para outras bandas?
Vejam as últimas revelações do Clube, com exceção de Philipe Coutinho, não senta sequer no banco de reservas dos nossos craques outrora revelados, que alegravam nossa imensa e feliz torcida.
Numa breve pesquisa sobre o time sub-20, finalista da Copa São Paulo em 2019, as revelações foram Lucas Santos, Caio Lopes e Thiago Reis, dessa lista, ninguém parece ser o que naquele momento pareceu ser. O que desponta para manter a chama viva da revelação é Thalles Magno, que na copinha era reserva. Então, conclamo aos vascaínos que cruze os dedos, reclame aos deuses e questione a razão da má vontade com nosso Santo Januário, por que nos abandonou? Será que a profusão de craques revelados outrora esgotou nossa cota? Ou será fruto da incompetência administrativa?
#QueromeuVascãodevolta!!
(+) Saudações Vascaínas (+)
Show!!!
bom texto. Mas humildemente penso um pouco diferente. Quase todos os jovens que transitam da base para os profissionais (99%, diria num chute cego) sentem. Físico, cobrança, dinâmica…enfim. Mas vamos lá: Lucão, Caio Tenório, Ulisses, Miranda e Riquelme. Bruno Gomes, Juninho (muito mal orientado, aliás), Caio Lopes. Vinícius, Thiago Reis (este, podem ter certeza que será outro neste final de ano e início do que vier) e Thales Magno. Sem falar na realidade que é o Andrey, e na promessa do Nathan, e os que vêm crescendo a cada jogo treino Pec e próprio Lucas Santos. Amigo, calma. Respeito a sua visão (exigente como o Vascaíno deve ser). Repito, humildemente considero a safra atual excelente. Tomara que vingue, para que possamos (ainda que com visão diferente) comemoramos nas arquibancadas o sucesso destes jovens. Afinal, queremos ser felizes, e nem tanto assim ter razão. SV.