Hoje em dia, no mundo pós-moderno, o planejamento se tornou algo primordial para a obtenção de êxito em qualquer atividade. Até para sair para trabalhar em cidades caóticas como a do Rio de Janeiro temos que nos planejar para não nos atrasar. O dicionário de significados diz que planejar é uma palavra que significa o ato ou efeito de planejar, criar um plano para otimizar o alcance de um determinado objetivo. Esta palavra pode abranger muitas áreas diferentes.
A implantação e implementação de um Planejamento em clubes de futebol, há muito tempo, deixou de ser um diferencial e passou a ser uma necessidade. O interesse para implantação de um Planejamento para a organização é o de orientar e mostrar um rumo a ser seguido, com a finalidade de estabelecer metas, alcançar objetivos, e obter resultados.
Como elementos básicos de um planejamento, observamos alguns princípios como: construção de modernos centros de treinamento, instalações novas para os departamentos médico e de fisioterapia, contratos de patrocínio esportivo, parcerias com empresas para venda de produtos com as marcas dos clubes, investimento em manutenção de seus estádios, dentre outras.
Enquanto a comissão técnica e os jogadores devem estar focados em objetivos mais imediatos: ganhar um jogo, como somar certo número de pontos durante algumas partidas dentro de um campeonato, que tipo de treinamento realizar durante a semana ou qual a melhor maneira de recuperar um jogador contundido, é importante que o planejamento seja entendido como um processo cíclico e prático das determinações do plano, o que lhe garante continuidade, havendo uma constante realimentação de situações, propostas, resultados e soluções, conferindo, assim, um dinamismo baseado na multidisciplinaridade, interatividade, tudo sob um processo contínuo de tomada de decisões. Nos clubes de futebol, o planejamento deve sempre ser discutido entre todos os níveis dessas organizações para determinar a continuidade ou mudanças que devem ser propostas. Planejar não pode ser considerado algo a ser feito por acaso, sem qualquer processo que gere planos formais pode ser considerado. Muitas vezes, falta ao planejamento uma definição clara de seu próprio lugar nas organizações e isso não é diferente nos clubes do futebol brasileiro.
Portanto, o planejamento é, essencialmente, um processo gerencial, que se concentra nos níveis hierárquicos mais elevados do clube e que não pode ser concebido como atividade clássica, delegável a comissões ou grupos. Constitui a essência da gerência de alto nível sobre a qual recai o maior peso da responsabilidade externa e interna pelos rumos do clube. Em razão disso, o futebol, se bem planejado e organizado, pode vir a ser um dos melhores negócios a serem explorados, tanto no Brasil quanto no mundo, pois conta com um público diferenciado, que é fiel ao seu time e que não troca de opção, pois é movido pela paixão, que não termina nem com inúmeras derrotas.
Entretanto, na maioria das vezes, o próprio torcedor não consegue entender, pois, para ele, o resultado imediato é que importa. Muitos clubes deixam de lado o seu planejamento devido ao mal resultado no campo. Afinal de contas, o que interessa mais do que a vitória? Poucos clubes no Brasil tem uma direção que planeja. O Vasco da Gama com certeza não é um deles. Estamos há anos luz atrás da maioria dos grandes do futebol brasileiro, seja em estrutura, montagem de metas ou superávit financeiro.
O seu presidente, por vezes nesse ano, apareceu na mídia apresentando números de supostas dívidas pagas. Porém, como bem disse o Mauro César Pereira da ESPN (repassou os documentos entregues a ele pelo Eurico para um especialista) em seu blog, os números apresentados eram superficiais. Isso mostra a forma de como o clube é administrado. Qual empresa gostaria de expor sua marca em um empreendimento que é administrado por um déspota, um presidente que se diz contra a profissionalização do futebol?
Eurico soltou uma nota no site oficial saudando o retorno da empresa de telefonia TIM ao uniforme vascaíno. Ledo engano imaginar que foi pela lisura ou competência da gerência do clube, pois se trata de uma estratégia de marketing da empresa que patrocinará os QUATRO grandes do Rio (o Flamengo já possuía o patrocínio). A renovação de contrato de jogadores como Diguinho e Júlio dos Santos, a vinda de Cristóvão Borges (custou a eliminação na Copa do Brasil e a perda de, no mínimo, 10 milhões no orçamento), a contratação de alguns jogadores que estavam meses sem jogar, a dependência de um empresário para contratar peças para o plantel e, por fim, a venda de Luan para um rival brasileiro demonstram a falta de planejamento do clube, que agora está desesperado atrás de um zagueiro para reforçar o setor. Estagnamos e a grande parte da torcida ainda não se ligou.
Obs 1: O jogador Jorge Henrique rescindiu de forma amigável o seu contrato com o Vasco da Gama. Foi útil taticamente no primeiro semestre de 2016. Pena que chegou ao Vasco no final de carreira. Vá com Deus!
Obs2: O jovem jogador Douglas Lima do Madureira está perto de acertar com o Vasco. Essa é a nossa realidade. Tomara que dê certo (se vier).
Saudações Vascaínas
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