No finalzinho do mês de Março, assumia o comando técnico do Vasco o auxiliar e ex jogador do clube Ramon Menezes. Ramon chegava ao cargo com muita desconfiança por parte da torcida. O Vasco até então tinha feito um começo de temporada pavoroso com Abel Braga no comando. As perspectivas não eram nada boas. Entretanto alguns aspectos pesavam a favor do novo treinador: o seu conhecimento sobre o elenco, pois estava trabalhando como auxiliar permanente do clube desde 2019 e a pausa das competições por conta do covid-19. Assim, Ramon teria tempo de colocar suas ideias e remontar um time que nas mãos de Abel parecia um bando em campo, candidatíssimo a um novo rebaixamento.
O nosso ex camisa 10 desde quando assumiu, vem trabalhando muito e dando a equipe uma pegada diferente. Desde os amistosos, até esses dois último jogos do campeonato brasileiro, o Vasco permanece invicto sob seu comando. Não parece nem de longe com aquela equipe apática de outrora. A equipe ainda apresenta alguns problemas nítidos, todavia de ordem técnica, pois o “ramonismo” é nítido e notório. Esse “ramonismo” seria a forma competitiva que foi implementada por nosso treinador, dando competitividade ao time. E olha que não temos jogadores brilhante tecnicamente, mas não falta organização tática e vontade, ao que parece os jogadores compraram a ideia do treinador e estão executando dentro de campo.
Este campeonato será diferente dos anteriores, devido a muitas variáveis, seja de ordem técnica, tática, jogos sem público e as cinco alterações permitidas. O torcedor vascaíno ficou “cabreiro”, mas essas duas vitórias iniciais que não acontecia desde 2012, deram um ânimo novo, gerando grandes expectativas na torcida, muitos até acreditando num pentacampeonato brasileiro, algo que acho praticamente impossível devido a fragilidade técnica do elenco, mas isso não quer dizer que não podemos galgar posições melhores na tabela de classificação. Se eu pudesse dizer algo, diria: Calma torcedor! O time não é ainda aquele que desejamos, porém se apresenta muito melhor do que esperávamos.
No “ramonismo”, Henrique subiu de produção, pois passou a desempenhar um papel tático defensivo importante, jogando quase como um terceiro zagueiro. O meio de campo transpira e fecha os espaços, característica importante dentro do futebol moderno. O lado direito tem uma maior liberdade ofensiva e os atacantes ajudam muito fechando os espaços pelas alas. O time ATÉ AGORA, se mostra confiável na marcação. Talvez, até por falta de peças, exista um desequilíbrio pelo lado esquerdo se comparado ao direito, mas tenho certeza que Ramon já identificou isso e acertará. Neto Borges pode ser esse jogador a dar o suporte, principalmente ofensivo na ajuda a Tales Magno. Outra coisa que não víamos no Vasco há muito tempo era jogadas de bola parada. Como nosso treinador foi um bom cobrador de faltas, tem dado o suporte aos jogadores para trabalhar isso no dia a dia. A bola parada também é algo primordial no futebol moderno devido ao encurtamento de espaço. Ramon tem tirado o melhor.
É cedo para avaliar o seu trabalho? Sim! Todo trabalho técnico precisa de sequência. Precisamos observar até que ponto a equipe se portará daqui pra frente, mas uma coisa é certa, o “ramonismo” trouxe um fio de esperança ao torcedor cruzmaltino.
Confio no trabalho desde o início, e você, confia?
(+) Saudações Vascaínas (+)
..exatamente Roberto. Excelente análise. Acrescento a unidade na comissão técnica com o multicampeão Antônio Lopes e o Lopes Jr que certamente estão dando suporte ao promissor e inteligente Ramon. É cedo, mas sempre é bom ver o nosso Gigante no topo (escrevo no dia do nosso 122º aniversário) e nada melhor para comemorarmos a data festiva de hoje com o Vasco 100% e líder. SV