A torcida do Vasco ficou eufórica com a ótima atuação da equipe diante do Fluminense. A equipe impôs uma vitória incontestável, onde todas as suas peças e setores da funcionaram, de alguma forma.
Muita gente que assistiu a essa partida, entretanto, tem dificuldade para entender o que foi feito para que peças que não corriam passassem a correr; atletas que erravam passes, parassem de errar; e outros que nem marcavam, passassem a marcar, e bem.
O time voltou a jogar como time grande e fez sua melhor partida no ano. Voltou a jogar como equipe, de forma solidária, mostrando o que a torcida sempre pensou (desde que a equipe foi formada), ou seja, todos sabiam das limitações da equipe, mas também tinham a convicção de que ela poderia produzir muito mais do que produzia. E por isso cobravam.
A resposta natural e mais fácil foi: A culpa era do técnico.
Para a temporada do Vasco, menos mal, pois ainda há tempo de terminar a competição de forma digna (e nem estou falando em Libertadores, como alguns bravateiam), disputando vaga na Sul-Americana e, consequentemente, ficando longe do Z4.
Por outro lado, para o próprio Vasco e para o “Futebol” em si, esse tipo de recuperação nos leva e desacreditar em uma evolução definitiva. E fica a pergunta:
Até quando os clubes ficarão reféns dos seus próprios jogadores?
O que aconteceu no Vasco, acontece rotineiramente na maioria dos clubes, mundo afora. É bem verdade que a arte de administrar pessoas não é para muitos, principalmente no mundo do futebol, onde os “EGOS” afloram e o “ESTAR” é, muitas vezes, mais importante do que o “SER”.
Tanto atletas quanto técnicos e dirigentes, disputam espaços na mídia, e muitas vezes, possuem objetivos diferentes e até antagônicos. Sabem que estão ali apenas de passagem e poucos se importam realmente em criar uma identidade com o clube, e sua torcida, marcando sua passagem de forma definitiva.
O fato é que, por muito pouco, se voltam contra o que os incomodam, as vezes em grupo, esquecendo que a entidade em si, e reforço, sua torcida, nada têm a ver com suas neuras e insatisfações e acabam sendo os reais prejudicados.
É muito pequeno pensar que, todos dos os problemas estarão resolvidos com a troca do técnico e que essa boa fase possa ser duradoura. A história prova o contrário e muitos dos insucessos, sejam do Vasco ou de qualquer outro clube, podem sim ser creditados aos seus atletas, que estão longe se possuir uma postura absolutamente profissional.
No caso Vasco, muitos criticaram a postura do Nenê, que pediu para não ser mais relacionado por causa de uma suposta “proposta”, que nunca se concretizou. Entretanto, sem fazer aqui um juízo de valor, fica evidenciado o que os dirigentes tentaram esconder: O Vasco realmente tinha problemas sérios de relacionamento e a diretoria precisava ter agido de forma mais rápida do que agiu, onde postergou decisões e preferiu ver o time agonizar e entrar em conflito com a torcida, produzindo consequências duras para o clube, como o episódio que gerou a punição do clube.
Agora, é torcer para que essa nova fase continue, que o Zé Ricardo possa “fechar” com os jogadores, criando um ambiente favorável para uma competição onde o objetivo de todos seja o mesmo.
Mais uma vez o refém se libertou Mas até quando?
Saudações Vascaínas
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