Meu nome é Mauro da Silva Amorim Filho e sou servidor público. Nascido há 38 anos em Porto Alegre-RS, sou filho e neto de portuguesas, já falecidas. E, como diz a canção, saiba, sou vascaíno, muito prazer, isso desde o dia 19 de junho de 1988, quando assisti pela TV a um tal de Romário dar um “lençol” no finado goleiro rubro-negro Zé Carlos para selar a vitória na primeira partida da decisão do Campeonato Carioca daquele ano – conquistado três dias depois com o inesquecível gol de Cocada.
Naquela semana, em meu coração foi definitivamente insculpida a Cruz de Malta (ou Cruz de Cristo, como sugerem alguns) e, desde então, tive o prazer de vibrar com grandes feitos do Club de Regatas Vasco da Gama, no remo, no basquete, em esportes olímpicos, mas principalmente no futebol. Graças ao Vasco, sou campeão carioca, regional, nacional (vi 3 títulos brasileiros e um de Copa do Brasil) e o maior de todos: campeão da Libertadores da América, em 1998 (exatos 10 anos após meu “nascimento” vascaíno).
Além da alegria pelas conquistas, tenho muito orgulho da História do Vasco: a luta contra o racismo, a dedicação das famílias na construção do maior patrimônio físico do clube – São Januário – e o berço de inúmeros craques que desfilaram sua habilidade nos campos do Brasil e do Exterior, inclusive pela Seleção Brasileira (só pra ficar em alguns: Barbosa, Ademir, Vavá, Roberto Dinamite, Romário, Edmundo, Juninho).
No entanto, nos últimos anos, nosso querido Gigante da Colina vem sendo usurpado, vilipendiado e constrangido por administrações, no mínimo, ineficientes, que o conduziram aos meandros mais obscuros possíveis e tornaram nosso amado clube, outrora admirado e até mesmo invejado, em objeto de escárnio dos rivais e de vergonha de nossa própria imensa torcida antes cantada em nosso hino como “tão feliz”.
Meu sincero desejo é de que a Justiça seja feita e a Nau Vascaína possa voltar a trilhar os oceanos de glórias como as do passado, mas com a proa voltada para um futuro de austeridade, ética e ideias vanguardistas – honrando, assim, a essência do Vasco.
Esse é o meu sentimento. E ninguém pode pará-lo.
9/11/2017
/+/ SAUDAÇÕES VASCAÍNAS /+/
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