Hoje o Saudações Vascaínas inaugura mais uma seção aqui na página e em suas plataformas digitais: “Jogos Memoráveis” trará à lembrança partidas inesquecíveis do Club de Regatas Vasco da Gama. Mais do que reviver alguns dos jogos mais marcantes da rica História do Gigante da Colina, a nova coluna convida seus leitores, a cada quinta-feira, a escrever depoimentos sobre suas próprias memórias daquele evento – se foi ao estádio na ocasião, algum fato pessoal que o marcou naquele dia, enfim, um sentimento… que não pode parar!
Na nossa estreia, relembro aqui um texto que escrevi em um ex-blog, há 9 anos, referente ao jogo Vasco 4×0 Ipatinga, pela Série B do Campeonato Brasileiro de 2009. Mais do que as lembranças dos gols e jogadas do nosso time, assinalei minhas impressões e sentimentos em torno da torcida vascaína, que lotou as dependências do antigo Maracanã – foram cerca de 80 mil apaixonados! Eis a crônica:
“Meu nome é Mauro. Sou filho e neto de portugueses. Consequência disto, sou vascaíno. Gosto muito de futebol, mas não sou daqueles que frequentam estádios, pelos motivos de insegurança que todos conhecem. Mas, no último sábado, o sentimento era outro, de paz, de confiança, de alegria. Então, resolvi ir com meu irmão Maurício ao Maracanã.
Estava certo: a festa estava garantida. Não falo do resultado do jogo, afinal, “futebol é uma caixinha de surpresas”. Estou me referindo à torcida do Vasco da Gama. Mais do que isso, ao tal sentimento dos fãs do clube da Colina, que desceram desta e de todos os cantos do Rio de Janeiro, num clima de êxtase coletivo, cheios de orgulho. Um orgulho ferido, é verdade (não se olvida que estamos na Segunda Divisão do Brasileirão). Entretanto, o que importava era provar para todos e para si mesmos que um amor não tem divisão – ao contrário, ele só faz somar.
Eu vi 80 mil pessoas (de bebês de colo a velhinhos que certamente viram o Ademir jogar) felizes, antes, durante e depois dos 90 minutos. Contentes por constatarem que o sentimento nunca parou.”
E você, vascaíno? Lembra desse jogo? Quais são os seus “Jogos Memoráveis”?
/+/ Saudações Vascaínas /+/
sim, meu amigo, Mauro. ÓTIMA recordação: prova pura de que o sentimento nunca parou, e nem vai parar. Ah tenho muitas lembranças, do Maraca e de São Janu. Estou há muitos anos ausente dos estádios também. Mas sempre acompanho o nosso VASCO (infelizmente nos últimos tempos mais sofrendo do que outra coisa…mas deixa prá lá). Quero recordar aqui de um jogo PRÁ LÁ DE ESPECIAL. O meu primeiro: dia 24 de abril de 1983, domingo, é claro. E a hora? sim: 17horas, com preliminar, que era certa, às 15horas: um jogaço no Maraca! O adversário: o poderoso Santos, de Serginho chulapa, Toninho, Márcio Rossini, Pita, João Paulo, Gilberto…mas o VASCO de Serginho, Dudu, Roberto Dinamite, Ernani (” o maluco”), Pedrinho Vicençotti e – naquele jogo – arrebentando ao lado do Roberto o Elói, meia habilíssimo que logo depois fora vendido para o Gênoa – ITA. Enfim: 2×0, gols de Elói e Dinamite. O primeiro de cabeça no primeiro tempo; o segundo mais ou menos na metade do segundo tempo, numa arrancada fulminante do BOB DINAMITE: este será sempre o meu grande ídolo do VASCO (mesmo não tendo ido bem, especialmente no segundo mandato enquanto presidente). Mauro, sabe quem brilhou na preiliminar? ele mesmo, O PEQUENO PRÍNCIPE: VASCO 7 X 1 SELEÇÃO SE NÃO ME ENGANO DO ESPÍRITO SANTO: um show do Maradona brasileiro como mais tarde fora chamado, GEOVANE. Lembro-me que ele, num dos vários gols que fez, pegou a bola ao lado de nossa área, e começou. Enfilerou o time todo adversário, e só não entrou com bola e tudo porque teve humildade: a festa fora completa: certamente cerca de aproximadamente 100 mil vascaínos naquele jogo. Ah, sim, conheci e provei pela primeira vez o não tão gostoso assim, mas famoso GENIAL: pão salsicha e um sachê de ketchup….rsrs…mate leão na torneira do latão que o moço vinha subindo e descendo nas arquibancadas…claro bancado pelo MAIOR VASCAÍNO QUE CONHECI, QUE CONHEÇO: MEU AMADO PAI, DANTE BRUNO. Essa uma deliciosa companhia..o tempo parava, a cada gol do VASCO, OU UMA DAS VÁRIAS CRIADAS POR AQUELE TIME, nos abraçávamos e gritávamos ; meu pai me pegava pelos braços e me jogava prá cima…meu, amigo: não consigo esquecer daquele dia. Dali em diante a minha VASCAINIDADE SÓ AUMENTOU, graças também ao meu pai, DANTE BRUNO, hoje, sofre e não acredita que viveu prá ver o GIGANTE que viu ser defendido por BARBOSA, ORLANDO, BELINI, AUGUSTO, RAFANELI, IPOJUCAN, DANILO ALVIM, CHICO, MANECA, ADEMIR, O QUEIXADA, VAVÁ….JORGE, para ver hoje o…deixa prá lá. Mas o VASCO É IMORTAL. SEMPRE O SERÁ, E BREVE VOLTARÁ A BRILHAR E VOLTARÁ AO TOPO. Um abraço, amigo. E parabéns pelo texto. O sucesso ? é certo. A sorte? de todos que tiverem o privilégio de ler.
Que mal eu fiz neste mundo, sendo rubronegro desde criancinha e ter dois filhos vascaínos?
rsrs…esse é comandante, MAURO PAI….minhas continências. Isso certamente, Seu Mauro, é prova de acerto na educação de seus filhos…rsrs…mas não por eles serem vascaínos (também, convenhamos), mas pelo espírito isento e democrático que certamente reinou neste aspecto, pois muitos pais exigem que os filhos sejam o time deles próprios. Parabéns, por isso.