Se essa pergunta fosse feita ao comentarista do SPORTV Rodrigo Capelo pela segunda vez essa semana, ele diria que não. Na última quarta-feira, o comentarista causou uma polêmica ao afirmar num programa de tv fechada que o Clube de Regatas Vasco da Gama DEIXOU DE SER GRANDE, aliás, segundo o mesmo não existem mais dez times grandes no Brasil. Especialista em negócios do esporte, Capelo ao defender a não inclusão do Gigante da colina entre os grandes disse: “É polêmico porque tem uma carga emocional muito forte. Há quanto tempo o Vasco não disputa um Campeonato Brasileiro para valer? Em 2011 teve uma pequena fase boa”. Ao analisar sua fala observamos que para ele, o conceito de grandeza está relacionado ao desempenho esportivo nos últimos anos. De fato, o Vasco não vence uma edição de campeonato brasileiro desde 2000, quase dezenove anos (ficará mais um com certeza).
Imagem contendo a opinião do comentarista.
Mas a pergunta que não quer calar é a seguinte: Como definir a grandeza de um clube? Esse critério passa por vezes pela subjetividade de quem analisa. Dessa forma, quais critérios podem ser utilizados para medir isso?
A era das redes sociais mudaram a forma de relacionamento e também de torcer. Ela além da dar voz a quem nunca teve, se transformou num grande canal de interação e aglutinador de discussões inócuas. Participo de alguns grupos sobre futebol no Facebook e por vez ou outras a garotada discute esse assunto. Cada qual defende sua tese, mas é possível notar que os mais novos associam grandeza a títulos. É óbvio que os títulos são importantíssimos no processo, porém outros elementos precisam ser levados em consideração. Vou listar sete aspectos de acordo com meu entendimento sobre o tema. A ordem pode alterar de acordo a relevância.
1º Títulos
2º História
3º Torcida
4º Exposição midiática
5º Relevância em seu país de origem
6º Mística
7º Reconhecimento internacional
Não tenho a pretensão de esgotar esse assunto, pois entendo sua complexidade. Muitos leitores do blog poderão acrescentar um ou mais aspectos para denominar grandeza ao ler a coluna. Isso é saudável e natural, todavia uma coisa é certa, o Vasco JAMAIS deixará de ser grande. De todos os itens listados, o clube possui com louvor. Também não quero ser ufanista como alguns torcedores e tapar o sol com a peneira. Se tem alguma verdade dita por Rodrigo Capelo ela reside na competitividade do clube. O Vasco vem mal há anos, como disse anteriormente Carlos Eduardo Mansur em sua coluna no Jornal O Globo lá em 19/11/2018, o Vasco parou no tempo com administrações desastrosas e irresponsáveis, devido a isso o clube frequentou a segunda divisão por três vezes. Talvez isso explique os mais novos e até Capelo afirmarem que o clube cruzmaltino não está mais entre os grandes.
Uma coisa preocupante nisso tudo é o possível encolhimento de nossa torcida, principalmente dentre os mais novos. Ela é o maior patrimônio do clube e, por causa dela, o Vasco ainda continua de pé.
A geração atual não é como a de 40 anos atrás. No tempo em que se “amarrava cachorro com linguiça” (como disse Felipão certa feita), as torcidas cresciam independentemente dos resultados (vide Corinthians). Hoje, a conjuntura social é outra. A criançada não torce para time que não ganha, salvo imposição paterna. Na era das ressentidos, ninguém quer torcer para um clube fracassado. Caberá a atual administração recolocar o Gigante nos trilhos para que a imensa torcida volte a ser feliz e essa discussão de grandeza fique apenas no folclore do futebol.
O Vasco não é apenas grande, mas GIGANTE!
(+) Saudações Vascaínas (+)
CriteCrit: histórico: ninguém tem história mais pujante; conquistas: inúmeras; resiliência: mesmo com imensa crise, ainda é Gigante. E ainda nesse critério: imensa torcida e com potencial de investimento/viabilidade invulgar, especialmente se for marca europeia….. esse repórter aborda um aspecto verdadeiro, mas demonstra não ter visão periférica, .de profundidade, e acima de tudo desconhecer as instituições a fundo.
A torcida vem decaindo desde do meados do sec. XXI, com a visível decadência do modus operandi de administrar o futebol. O Vasco tinha a maior expressão desse modelo, Eurico Miranda.