Um aproveitador, fugindo de outro reino, decidiu se esconder num reino grandioso  fingindo ser um alfaiate em um novo lugar. Muito malandro, o “novo alfaiate” conquistou a todos e até conseguiu uma audiência com o Rei (Vasco).

“Nas terras distantes de onde vim, inventei uma forma de tecer a melhor de todas as roupas!” disse o pseudo alfaiate. E continuou “Consigo tecer uma roupa que somente os inteligentes conseguem ver!” .

O rei (Vasco), muito vaidoso, gostou da proposta e pediu ao “alfaiate” que fizesse uma roupa dessas para ele.

O pseudo alfaiate recebeu vários baús cheios de riquezas, rolos de linha de ouro, seda e outros materiais raros e exóticos, exigidos por ele para a confecção das roupas. Ele guardou todos os tesouros e ficou em seu tear, fingindo tecer fios invisíveis. Todos passavam na frente da alfaiataria e ele não parava de fazer sua performance: puxava panos, cortava o ar, olhava com cara de quem poderia fazer melhor, refazia e pendurava nada no mancebo. E assim o fez por semanas, enquanto recebia o dinheiro do rei. Claro que todas as pessoas que passavam pela janela alegavam ver o tecido, para não parecerem estúpidas (torcida vascaína)

Até que um dia, o rei se cansou de esperar, e ele e seus ministros quiseram ver o progresso do suposto “alfaiate”. Quando o falso tecelão mostrou a mesa de trabalho vazia, o rei exclamou: “Que lindas vestes! Fizeste um trabalho magnífico!”, embora não visse nada além de uma simples mesa, pois dizer que nada via seria admitir na frente de seus súditos que não tinha a capacidade necessária para ser rei.

Os nobres ao redor soltaram falsos suspiros de admiração pelo trabalho do “alfaiate”, nenhum deles querendo que achassem que era incompetente ou incapaz. O “alfaiate” garantiu que as roupas logo estariam completas, e o rei resolveu marcar uma grande parada na cidade para que ele exibisse as vestes especiais.

Durante o evento, contudo, uma criança (enquanto houver um coração infantil, o Vasco será imortal), inocente e sincera, gritou ” O rei está nu!”. O grito é absorvido por todos, A sinceridade e o olhar da criança tocou a todos. Os burburinhos começaram e todos começaram a confessar que não enxergavam a nova roupa do rei.

Adaptação da história O conto de Andersen foi inspirado numa história encontrada no Livro de los ejemplos(ou El Conde Lucanor, 1335).

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O Vasco está nu, e sua torcida vê claramente. A cada dia que passa, notícias de salários atrasados, penhoras e contrações zero. O rei (Vasco) foi enganado junto de seu povo (torcida). Para piorar, é ano de sucessão (eleição).

O que será de nós?

(+) Saudações Vascaínas (+)