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Cinco dias após a perda traumática do campeonato carioca, o Vasco recolhe as cinzas, pois já no próximo Domingo começa o campeonato brasileiro. Fora as disputas da Libertadores e da Copa do Brasil.

A perda desse título deixou um sabor amargo na boca dos vascaínos. Como bem disse o nosso colaborador Rodrigo Machado, “O Carioca só é bom pra quem ganha”, pois pra quem perde é uma lástima. Há quem diga que foi o título “mais fácil” perdido pelo clube, haja vista a visível fraqueza técnica do adversário (mesmo que não fôssemos um primor também), todavia muitas coisas conspiraram contra nós, desde as contusões de Giovanni Augusto e Paulinho até a expulsão infantil do possante Fabrício. Confesso que foi uma ducha de água fria em mim e boa parte da torcida. Para os realistas, essa era a única chance de título do clube esse ano, pois nas outras competições estaremos frente à grandes equipes, fator que diminuirá muito as nossas chances. Porém temos também os otimistas, aqueles que acreditam num sucesso da equipe esse ano. Defendem a tese dizendo, pelo menos em competições de mata-mata dá para irmos longe, tudo pode acontecer, o futebol é uma caixinha de surpresa coisa e tal…

Confesso meu desânimo total  no momento… As notícias advindas da colina não empolgam ninguém. Desde a fatídica entrevista de Zé Ricardo após o jogo dizendo que os reforços virão do próprio clube, passando pela manobra para a manutenção das eleições indiretas no clube até a falta de perspectivas de dias melhores financeiramente falando. Mais uma temporada onde as palavras Vasco e Planejamento não andam juntas.

O torcedor vascaíno AMA o Vasco. Essa frase poderia ser um clichê, mas não é. Nos últimos anos foi o torcedor mais paciente, benevolente e longânimo do Brasil. Aguentamos Eurico-Roberto na presidência, três rebaixamentos, dívidas astronômicas, jogadores bizarros e resultados pífios dentro de campo. Chegamos até o ano de 2018 vivendo de restos. Como um cão comendo migalhas da mesa do dono, vivemos esses anos. Com uma Copa da Brasil em 2011 e dois campeonatos cariocas em 2015 e 2016.

Promessas e mais promessas feitas por administrações passadas que não deram em nada. O torcedor vascaíno anda cansado. Ele dá amor e recebe ingratidão, não é correspondido. É tratado como um qualquer. O torcedor vascaíno é aquele cônjuge que faz de tudo para manter a relação, abrindo mão de seus amigos, vaidade, dinheiro, pois para ele o mais importante é ver o outro feliz, todavia recebe como “prêmio” a indiferença, o desprezo e a traição. Quando esperamos algo positivo em troca, nos decepcionamos.

É bem verdade que muitos dirão: “Nunca espere que retribuam da mesma forma que você”, “As pessoas só dão aquilo que têm”. Respeito demais quem pensa assim, aliás, na vida, tenho isso como um grande verdade, jamais podemos esperar que o outro dê aquilo que não tem, porém respeito aquele torcedor que está cansado. Vivendo decepções em cima de decepções. Conheço um monte que nem vai mais aos estádios. Outros que não assistem mais os jogos, um punhado que não consome produtos oficiais, outros tantos que nem buscam mais notícias do clube. Estariam esses errados? Diriam alguns, estão! É na alegria ou na tristeza!Todavia pergunto aos senhores, até quando essa tristeza? As pessoas são obrigadas a viver no masoquismo? Meu caro leitor, como torcer para um clube quase familiar, retrógrado, onde o seu sócio não tem a sua vontade chancelada? O Vasco hoje, é um remedo de clube, atrasado em todos os aspectos, ah, mas tínhamos o Caprres, olhem o Marcelo Mattos, indo para a QUARTA CIRURGIA! Como ele mesmo falou, o fizeram voltar antes do tempo, está aí o resultado. Se no passado éramos vanguarda, hoje somos o símbolo do atraso.

Qual o ânimo terá o torcedor vascaíno nesse ano? Disputar a Libertadores? O ânimo em achar que Vasco brigará para ser campeão brasileiro? (Tenho CERTEZA QUE NÃO), Ou que brigará para ganhar a Copa do Brasil? (POUCO PROVÁVEL). Alguns dirão, o Roberto está sendo pessimista. Digo ao senhores que não! Vejo isso como um realismo mediante a nossa situação político-administrativa-financeira e técnica, Como bem disse há muitos anos atrás o saudoso Otto Glória, não se faz omelete sem ovos, e a maioria dos ovos que temos estão estragados.

Domingo estrearemos em casa contra o Atlético-MG, esse será o primeiro passo para nos livrarmos do rebaixamento. Pontuar é obrigação! Muito pouco para um clube popular, tradicional e vitorioso no passado. O sentimento não pode parar, mas a cada dia que passa fica mais difícil ser vascaíno. Esperamos dias melhores há pelo menos 15 anos.

(+) Saudações Vascaínas (+)