Por Rafael Cordeiro

 

Havia um tempo em que o Vasco tinha uma oposição, mas que respeitava a administração atuante. Havia um tempo em que o Vasco nem tinha oposição. Houve um tempo em que a briga ficou tão grande, que esquecemos do time de futebol. Há um tempo em que o Vasco se encontra desunido. E isso é triste. Muito triste!

Mais do que triste, é um dos principais motivos de nos enfraquecer.

A nossa história sempre foi baseada na luta e perseverança contra os dominantes em cada época. Sempre fomos inovadores e de vanguarda: apossibilidade de termos negros e pobres jogando futebol, a construção de um magnífico estádio, a força do início do futebol amador, com ares de profissionalismo e preparação física. Tudo se iniciou dentro de nossa casa.

Embora tivéssemos dezenas de correntes políticas, interesses diversos e planos mirabolantes cá ou lá, a Cruz de Malta estava sempre acima de tudo e todos.

Mas desde que o Sr. Calçada saiu, a nossa nau navega em mares turbulentos e sem uma direção confiável que pense no futuro da instituição. Nada é planejado para 5 ou 10 anos a frente. Nossa base quase não forma mais jogadores que podemos aproveitar decentemente, nos parâmetros de um clube que revelou tantos ícones do futebol nacional e internacional. Nosso estádio vem deixando de ser a nossa grande diferença e nossa estrutura de clube social vem minguando por anos a fio.

Não pretendemos ter posição política de A ou B, D ou E, ou qualquer outra. Achamos que já passou da hora de deixarmos de amadorismo e, profissionalmente, trazer um mínimo de bom senso entre os poderes que administram o nosso clube, norteando um crescimento sério e sustentável. A nossa história já mostrou que somos imbatíveis quando unidos e que somos incomparáveis quando nos propomos algo em comum entre todos. Que essa história volte a ser contada em capítulos recentes e atuais e que o Vasco volte, efetivamente, a ser Gigante.

Ao  Vasco tudo, acima de tudo e sobre tudo. Por que, sobretudo, SOU VASCAÍNO !

Saudações Vascaínas!