Foi com essa frase que acordei hoje. Após o anúncio da venda de Paulinho por razoáveis 85 milhões de reais, descobrimos que, na verdade, para fecharmos o ano no positivo, o clube de São Januário precisa do triplo do valor, segundo o atual presidente Alexandre Campello. Portanto, essa vultuosa entrada de capital, na verdade será usada para sanar dívidas herdadas e pouco corroborará para melhorias para o clube ou reforços para a equipe.
São muitas as dívidas e compromissos que ocasionamo o comprometimento do montante a ser pago. Salários (cerca de 5 milhões mensais), Cedae (cerca de 700 mil), Direitos de Imagem (mais 5 milhões), pagamento de empréstimo realizado por Carlos Leite (cerca de 10 milhões de reais mais juros) e dívidas trabalhistas antigas e impostos atrasados que nos impedem, por exemplo, de obter as CNDs e receber a última parcela do patrocínio da Caixa (sim, ele ainda está congelado) ou seguir no Profut. Portanto, a receita provavelmente será destinada ao pagamento desses entraves e a manutenção dos salários e compromissos em dia até o agosto.
Verdade é que, além das despesas acima, ainda há de se desvendar se há realmente uma porcentagem do passe de Paulinho em posse de Carlos Leite. Se isso for verdade, o valor ainda diminui. Certo é que ao invés de tornar a equipe ainda mais forte, o Vasco garante certa tranquilidade por um período. Isso é ruim? Sim, é. Enquanto nossos adversários trazem reforços, nós nos preocupamos com o dia-a-dia do clube, para conseguirmos seguir operando. Fruto de diversas administrações irresponsáveis e que mais buscavam interesses próprios do que ajudar o clube. Não é necessário citar nomes. Qualquer vascaíno os tem na ponta da língua.
A gestão Campello tenta, enquanto isso, conduzir o clube da melhor maneira. Como frisado por Otto de Carvalho após reunião do Conselho Deliberativo “Campello dá sinais que irá numa linha de transparência e o balanço de 2017 está para ser publicado e o recado dado foi esse, doa a quem doer, ele irá publicar a realidade”. Verdade é que a atual diretoria, sem um plano conciso e estabelecido anteriormente, dado as condições sob as quais foram eleitos e as diversas bombas deixadas pela gestão anterior, briga para manter o Vasco como clube de primeira linha em comparação aos concorrentes. Vale lembrar o contrato de patrocínio master com uma empresa no mínimo duvidosa, a contratação de Riascos, que estava livre no mercado com pagamento de 1.1 MM para o agente do colombiano, os atrasos nos direitos de imagem, etc.
Hoje, após o jogo, Campello prometeu se manifestar quanto à venda de Paulinho e teremos, a partir de então, uma melhor noção da realidade vascaína. Então, para cima deles, com 3 pontos na conta para diminuir a dor da nossa realidade.
Saudações Vascaínas
Deixe uma resposta