Depois de uma semana atabalhoada com muitas entrevistas coletivas de imprensa, que falaram menos do que se propunham, o resultado, no “frigir dos ovos” é que, a pauta vascaína na imprensa e nas mesas de bar é um só:  Por que fazem isso com o Vasco?

O Clube mais democrático, mais popular, com história mais rica, com “vanguardia” no seu DNA não pode se submeter a dias e anos de opressão, falsas ironias, mandos e desmandos de uma pessoa só. Por que insistem tanto em se manter lá? Por que lutam para recuperar um prestígio próprio que sumiu junto com a fumaça de um charuto?

A resposta não deve ser tão simples como deveria ser. É muito mais complexa. Mas aqui não vale a gente dedicar uma coluna inteira a uma pessoa ou a uma família que se agarra na história gigantesca de um Clube tão amado. O Vasco é grande demais para ser subjugado pelos interesses e orgulhos pessoais de um mandatário.

A história do Vasco é plural, coletiva, popular, escrita por muitos atores que se perdem no tempo em função de um único prol: o Vasco. E por isso, insisto em perguntar: Por que fazer isso com o Vasco?

O Vasco de hoje não é o Vasco que nasceu, cresceu e se criou Gigante. O Vasco de hoje nem passa perto do Vasco campeão que nos fez apaixonados. O Vasco de hoje está à míngua de seus próprios erros. De ter esquecido que ele é DE TODOS. Os vascaínos perderam a essência da coletividade que formou o Clube de Regatas, se expandiu para o futebol e construiu sua própria casa, motivo de eterno orgulho.

O Vascaíno de hoje vê um Vasco que não é mais O Vasco. Vê um clube combalido, mais motivo de tristezas e vexames do que de alegrias e glórias. E isso tudo porque os egos e os orgulhos estão colocados acima do Clube. Os homens (e mulheres) de bem se  afastaram ou foram afastados da vida cotidiana do Clube. A democracia faz anos que passa longe dos muros das sedes. A perseguição pessoal e à honra de muitos foi deixada de lado em prol de um projeto político de poder de uma só pessoa e que, por fim, quer deixar um legado de dinastia a seus frutos e seu sangue.

O Clube foi “aparelhado” com membros de torcidas organizadas e “sócios” que jamais sentiram o prazer e o orgulho de serem vascaínos. Homens e mulheres que não tem o menor interesse nas causas e nas vitórias do Vasco podem decidir o futuro de uma nação, pois os vascaínos de bem foram alijados somente por terem posições contrárias.

Afirmo, porém, que o culpa também é de todos esses outros que se afastaram. Gritem, acusem, se juntem. Como foi dito em outra coluna, “o cão já não tem mais dentes…apenas late” e ele não pode, jamais, ser maior do que o sentimento e a força da união dos vascaínos.

Posso acabar sendo muito ufanista e sonhador, mas o Vasco pelo qual me apaixonei há de voltar. Porém, ele vai precisar voltar às suas origens. Vai precisar da união de muitos, do suor e do trabalho de vários e, por fim, ser alimentado pela paixão e amor de todos os vascaínos!

Volta, Vasco. Volta! E, que, se necessário for que se reconstrua do zero, que saiam todos que já te fizeram mal. O Vasco é muito maior do que qualquer um de vocês!

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