A estréia do Vasco na Copa Sul-Americana foi extremamente desanimadora. A derrota de 3×1 incomoda não apenas pela LDU ter um time bem limitado, mas pela forma como ela foi conduzida.

Logo aos sete minutos, Consendey erra um passe na intermediária ofensiva, armou o contra-ataque para a LDU e ficou parado. Anangonó, completamente livre, não precisou subir para cabecear e abrir o placar.

A equipe seguir muito desorganizada e sem conseguir armar jogadas no ataque. Não demorou para a LDU ampliar. Ricardo Graça perdeu uma bola fácil na defesa, Johan Julio arrematou, Martin defendeu na primeira, mas no rebote não teve jeito. Em vinte minutos de jogo a LDU já tinha dois gols de vantagem sem ter feito força.

No fim do primeiro tempo o Vasco conseguiu chegar em um lance de bola parada, mas sem muito perigo. O time estava espaçado demais (algo já ocorrido), Thiago Galhardo e Giovanni Augusto completamente isolados. A estratégia não deu certo e pro segundo tempo Ríos entrou na vaga de Giovanni Augusto.

O Vasco passou a ter um pouco mais de presença no setor ofensivo. Aos oito minutos Kelvin foi derrubado na área e o juiz assinalou a penalidade. Thiago Galhardo diminuiu e deu um ânimo para a equipe buscar o empate. O gol alertou os equatorianos, que voltaram a pressionar. Um temporal de bolas alçadas à área cruz-maltina, um pesadelo a cada uma. Aos 41 não teve jeito, Ricardo apenas observou Anangonó marcar pela segunda vez, também de cabeça.

Não tivemos força para buscar o empate, nem para manter o 2×1, que parecia um ótimo resultado perante as circunstâncias do jogo. A estratégia de Jorginho não funcionou, a altitude prejudicou, mas as falhas individuais foram os maiores adversários no jogo de ontem. Algo que infelizmente não é novidade. O lado esquerdo foi uma tragédia e isso também não é novidade.

Ainda é possível reverter aqui no Rio, mas situações como essa é que desgastam ainda mais o nosso elenco. Jogamos no limite quase sempre, seguindo nessa batida não teremos onze para escalar até o fim do ano.

/+/Saudações Vascaínas/+/

Atuações:

Martin Silva: Vendido após falhas do setor defensivo. Sem culpa nos gols. Nota 5.

Luz Gustavo: O de sempre, bem na defesa, fraco no apoio. Nota 5.

Henriquez: Ainda sem ritmo, não comprometeu tanto quanto seu parceiro. Nota 4,5.

Ricardo: Uma tragédia. Duas falhas clamorosas que muita criança não comete. Mostrou que Zé Ricardo não estava tão errado em não escalá-lo. Decepcionante. Nota 0.

Henrique: Uma avenida na defesa e improdutivo no ataque. Nota 2.

Andrey: Não conseguiu repetir as atuações anteriores. Nota 4,5.

Consendey: Errou o passe que originou o contra-ataque do primeiro gol e ficou parado. Errou absolutamente tudo. Nota 0.

Wagner: Muito mal novamente, já passou da hora de amargar um banco. Nota 2.

Giovanni Augusto: Tentou, mas estava bastante isolado. Nota 4,5.

Kelvin: Ciscou muito e não produziu nada. Não consegue dar seqüência as jogadas. De bom só o pênalti que sofreu. Nota 4.

Thiago Galhardo: O mais lúcido. Fez o gol e poderia ter feito mais se fosse melhor escalado. Nota 6,5.

Ríos: Deu pouco mais de presença ofensiva, mas contou apenas com Thiago Galhardo. Nota 4,5.

Paulo Vitor: Não produziu nada. Nota 3.

Raul: Entrou já no fim, não teve tempo de fazer nada. Sem nota.

Jorginho: Montou uma estratégia que não funcionou e demorou demais para mexer no time. Manteve Wagner durante os 90 minutos e demorou quase 80 minutos para sacar Consendey. Nota 2.