Final de 89, fim de jogo em São Paulo. Aquela velha TV de tubo trazia a imagem da festa da torcida vascaína presente no Morumbi. Do lado da tela, eu e “meu velho” pulávamos e nos abraçávamos em frente a tios e primos mulambos que ficaram torcendo contra.

O mundo era só de nós 2. O sorriso, a farra e até as lágrimas que escorriam dos nossos olhos eram o mais fiel retrato da felicidade. A minha velha camisa de algodão, do uniforme 1, de camisa preta, short branco e meião (igualzinho ao time em campo em SP) me faziam me sentir um herói, outro jogador igual aos que estavam correndo na TV.

O Vasco era Bicampeão Brasileiro. E então nascia um amor incondicional, alimentado pela paixão mas incentivado pelo amor de um pai. Dali em diante, São Januário e Maracanã no futebol, Maracanãzinho e Tijuca em jogos de basquete, Lagoa no meu casamento, etc…

Tudo se passou unindo a mim e você, meu pai, junto doo Vasco (nosso eterno e grande amigo).

Tivemos a nossa fase áurea, em que tudo era motivo de festa. Já sofremos demais juntos também nas três quedas, mas nunca deixamos de lado esse amor pela Cruz de Malta. Estamos lá, sempre apaixonados pela emoção que ela nos traz.

Obrigado, Pai. Ser Vascaíno foi muito fácil tendo você ao meu lado. E a melhor lição foi poder já passar esse amor ao meu filho. E que ele sempre tenha a felicidade de sorrir assim como já sorrimos nas arquibancadas de São Januário.

Que hoje o “porco pague o pato” e nós possamos celebrar juntos mais uma glória de nosso Vascão!

 

/+/ SAUDAÇÕES VASCAÍNAS /+/