Por Rodrigo Machado

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Que o Vasco vem sofrendo um caos político há mais de uma década não é novidade pra ninguém. Em raríssimas temporadas esse caos não afetou diretamente o desempenho do time em campo, ou seja, ele afetou na grande maioria, e não tinha como ser diferente.

Para não ter que voltar tanto no tempo, podemos pegar um período de 2010 pra cá. Nos últimos sete anos, as únicas vezes em que o Vasco não iniciou o ano de pernas para o ar foram em 2010 e 2012.

Em 2010, o Clube estava retornando à Série A após a primeira queda. Estavávamos passando por um processo de reestruturação, havia pouco mais de um ano que Eurico Miranda tinha deixado o comando após dois péssimos e destrutivos mandatos. Os primeiros passos de Roberto Dinamite na presidência eram animadores e inspiravam a confiança de boa parte da torcida. Aquela temporada, porém, não trouxe títulos, mas foi de acordo com o necessário para um time recém-chegado da Série B, um ano sem sustos.

2011 foi bastante satisfatório: conquistamos a Copa do Brasil, chegamos as semis da sul-americana e perdemos o Brasileiro na última rodada, ficando apenas dois pontos atrás do campeão Corinthians. Mas, mesmo assim, a temporada de 2011 teve um início ruim. As quatro derrotas seguidas para Resende, Nova Iguaçu, Flamengo e Boa Vista custaram o cargo do técnico PC Gusmão. Não conseguimos classificação para as semis da Taça Guanabara, mas a trajetória vitoriosa daquele ano começou após a demissão do PC.

Em 2012, ainda com o elenco forte e classificado para a Libertadores, as pretensões eram as melhores. Chegamos às quartas da Libertadores, onde fomos eliminados pelo campeão Corinthians, minutos depois do inesquecível gol perdido por Diego Souza. Há quem diga que esse lance foi o divisor de águas para os acontecimentos que vieram nos anos seguintes.

De 2013 até 2017, todos os anos começaram sem o menor planejamento. Foi um festival de “apaga incêndio”. A falta de um programação mínima em 2013 custou o segundo rebaixamento, tudo porque não conseguimos repor a saída de Fernando Prass. Alessandro e Diogo Silva estavam à disposição, e ainda contamos com o “reforço” de Michel Alves. Os três juntos protagonizaram um show de horrores, que, ao fim da temporada, nos levou pela segunda vez à Série B. Com um bom goleiro, apenas, essa tragédia teria sido evitada.

A única alegria que poderíamos ter em 2014 nos foi tirada na mão grande. Nem gosto de lembrar. Fora isso, por pouco não ficamos na Série B. Uma campanha patética.

Em 2015, conseguimos ser campeões com o time mais fraco que já vi. Após 12 anos, o Carioca era nosso. As bravatas do Eurico, que acreditava nas “qualidades” daquele elenco, custaram o terceiro rebaixamento.

2016 foi a reprise de 2014, exceto pela conquista do Bi Carioca de forma invicta. A invencibilidade durou até Junho: ao todo foram 34 jogos sem perder. Invencibilidade esta que não nos acrescentou em absolutamente nada, pois passamos mais uma vergonha em quase não conseguir o acesso, assim como em 2014.

Hoje, estamos em 2017 e parece que nossos portentosos dirigentes não aprenderam nada. Sofremos do mesmo mal que nos assola há tanto tempo: a FALTA DE PLANEJAMENTO. Será que já não pagamos o suficiente? O que mais precisa acontecer para esses senhores tomarem alguma atitude?

Todo esse show de incompetência passou pelas mãos de Eurico, Dinamite e agora está novamente nas mãos de Eurico Miranda. Ambos são os maiores responsáveis por tudo isso.

O Vasco é GIGANTE!!! Tratem-no como tal.

Reage, Vasco!

/+/Saudações Vascaínas/+/