Uma vitória entalada, engasgada, que não saía da garganta do sofrido torcedor vascaíno. Um ano complicado, se tornando desnecessariamente sofrido. Um time que entregou pontos preciosos contra Grêmio e Atlético-PR, apesar de boas partidas em sequência, sofria com a falta de confiança geral.
E tinha que ser hoje. Deveria ser hoje !!! Penúltimo jogo em casa, antes de enfrentar o virtual campeão da temporada. Um São Paulo tão remendado como a gente, entrando numa crise gigante após deixar o G-4, após ter sido líder por várias rodadas, com treinador demitido e remendos ainda não curados.
E assim foi !!! Com um primeiro tempo de encher os olhos, quando o time quase não errou, criamos uma pequena vantagem e desperdiçamos contra-ataques que deveriam deixar o jogo resolvido bem antes. Mas uma partida, até então, primorosa do esquadrão vascaíno.
Enfim, veio o segundo tempo. Voltou o roteiro de série dramática do Netflix. O time recuou, chamou o São Paulo demais para dentro do seu campo e, até os 25 minutos da segunda etapa não havia conseguido nenhum contra-ataque decente, que desse medo ao time adversário e prendesse seus jogadores longe de nossa área.
Após o grito vindo da arquibancada, quase que em tom de cobrança por ofensividade, o 12º (e principal) jogador do Vasco fez valer a sua vontade de não ver um time covarde, como andava vendo em outros jogos, e empurrou o time para enfileirar e desperdiçar contra-ataques em sequência, com desperdícios de Thiago Galhardo, Kelvin e o portentoso Caio Monteiro (ainda não entendo a insistência com ele).
No fim, no apagar das luzes, lá “na bacia das almas”, o que começou como uma tentativa de prender a bola no ataque se transformou numa tabelinha de almanaque entre Maxi (o gênio) e Pikachu, para fechar o caixão e afastar muitas das chances de rebaixamento do Vasco.
Por fim, a explosão e festa na arquibancada, com o grito de garra dos jogadores extasiados pela vitória, foram o resumo do que foi essa vitória: quase um grito de alforria e de Liberdade.
Atuações e Notas:
Fernando Miguel: Nosso Viking brasileiro salvou numa defesa espetacular aos 42 do 2º Tempo, quando o jogo ainda estava 1×0. Merece a titularidade, hoje. NOTA 10.
Luiz Gustavo: Nosso ícone de raça e entrega. Se falta habilidade, sobre disposição. Ganhou todas de Nenê e do marrento, mas que “joga nada”, Everton. NOTA 8.
Werley: Muita seriedade e capacidade de cobertura. NOTA 7
Castan: Ganhou todas dos centroavantes adversários. NOTA 7
Henrique: Se não ajudou, também não comprometeu. NOTA 6
Desábato: Muita disposição e belo posicionamento. Com ele em campo, Andrey cresce. NOTA 7
Andrey: Bela partida na armação e viradas de jogo, premiada com um grande gol. NOTA 7
Thiago Galhardo: O melhor do time em campo, distribuindo bem o jogo no ataque, marcando a saída de bola adversária e dando velocidade ao time. NOTA 9.
Kelvin: A sua melhor partida no ano, principalmente no primeiro tempo. NOTA 7
Pikachu: Jogou mal ofensivamente, mas cumpria muito bem sua função tática. Como sempre, premiado com gol por saber se posicionar ofensivamente. Tabela de manual com Maxi. NOTA 8
Maxi: Parece que joga de terno. Todas as bolas que chegam a ele, voltam com tratamento fino para os companheiros de time. Fez o pivô lindamente para prover Pikachu de uma assistência das famosas “faz e me abraça”. NOTA 9.
Henriquez: Mal deu tempo de ser percebido em campo. SEM NOTA
William Maranhão: Entrou no lugar de Desábato e também não foi notado. SEM NOTA
Caio Monteiro: Não entendo a insistência nele. Desperdiça tudo que tenta. NEM PRECISA DE NOTA
COMISSÃO TÉCNICA: Apesar do recuo excessivo do time no segundo time, fez uma das melhores partidas em termos de segurança e com uma bela saída de bola da defesa para o ataque. Deveria ser assim quase todo jogo…. NOTA 6
P.S.: Amigos, falta pouco. Esse Z-4 não nos merece. O Vasco é grande demais para passar por isso tudo. Vamos nos unir nesse fim de ano em prol do que precisamos fazer. Depois, discutimos política e inimizades.
/+/ SAUDAÇÕES VASCAÍNAS /+/
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