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As rodadas passam, o campeonato evolui e o amor pelo clube renova sempre as esperanças dos torcedores vascaínos, que voltam a acompanhar a equipe do Vasco, sedentos em comemorar vitórias não esperadas. Foi assim na maioria dos confrontos da equipe fora de seus domínios, renovados por duas vitórias sobre Vitória-BA e Atlético-MG, além de empates contra Coritiba e Ponte Preta.

Essa esperança, porém, não afastou a dura realidade que teima em confirmar a fragilidade da equipe em jogos fora de casa, independentemente do adversário. Tal realidade provavelmente fará com que a equipe visite novamente a tão temida zona de rebaixamento nas próximas rodadas, uma vez que temos, além de muitos jogos fora de casa, a missão de enfrentar equipes muito mais bem montadas e regulares do que a nossa.

É claro que estaremos, rodada a rodada, torcendo por uma surpresa, um resultado não previsto, mas o fato é que, nesse momento do campeonato, somos o time dos sonhos para os adversários.

O jogo desse domingo, onde enfrentamos o Bahia, e perdemos mais uma vez por diferença de mais de 2 gols, mostra, entretanto, uma coincidência assustadora. A de que estamos rodada a rodada, perdendo para aqueles que estavam mal e precisavam se levantar. Foi assim com São Paulo, Cruzeiro, Atlético-PR e Bahia, sendo alguns, adversários diretos na guerra contra o rebaixamento. E esse é o principal temor.

Não estamos fazendo nosso dever de casa. Temos hoje um time sem comando, sem padrão, sem personalidade. O Vasco se acostumou a ser humilhado, espancado, dentro e fora do campo. Fruto de diretorias que afundaram o clube em dívidas, descrédito e maus resultados.

Provavelmente, mais uma vez, e nas próximas horas, faremos mais uma troca de técnico, que independentemente de ter capacidade ou não, não conseguiu unir e blindar a equipe, deixando-a apática e sem forças.

Estamos perdendo para nós mesmos e a torcida não aguenta mais. É hora de mudanças radicais que façam com que o Vasco esteja livre daqueles que apenas o sugam e brincam de ser diretores.

A eleição está próxima e os verdadeiros vascaínos precisam ficar atentos às manobras para a perpetuação dessa realidade, pois o clube não aguentará mais tanto revés.

Em tempo, hoje o clube comemora 119 anos, mas infelizmente, não temos muito a comemorar.

Saudações vascaínas