O Vasco saiu na frente no confronto com o Avaí, pela terceira fase da Copa do Brasil. A vitória por 3×2 sobre os catarinenses da à vantagem do empate no jogo de volta, que só ocorrerá em 10/04.
A partida foi um festival de altos e baixos. Os primeiros minutos foram bem ruins. Uma trapalhada dupla de Castan e Fernando Miguel resultou no primeiro gol do Avaí, aos 10 do primeiro tempo. Em desvantagem no placar e jogando em casa, o time teve que se expor, o que quase resultou em um segundo gol dos visitantes, aos 16. O que seria um caos.
Aos poucos, com a bola no chão, as chances foram surgindo. Pikachu quase empatou com belo chute que acertou o travessão. De tanto insistir, o empate veio. Aos 34, Danilo Barcelos cobrou falta e contou com leve desvio do zagueiro do Avaí, foi o suficiente para mudar a trajetória da bola e trair o goleiro rival.
No segundo tempo, Valentim foi decidido a virar o jogo. Sacou Raul e Marrony, para as entradas de Bruno César e Rossi. Deu certo! O time ganhou o meio de campo, mantendo a posse de bola e criando mais chances. Rossi com sua vitalidade característica deu trabalho pelo lado direito. A combinação das alterações resultou no segundo gol. Bola trabalhada de um lado para o outro, belo cruzamento de Danilo Barcelos para Rossi, antecipando o zagueiro, marcar de cabeça. Virada cruz-maltina!
O ímpeto seguiu forte, outras chances apareceram. Até Thiago Galhardo marcar o terceiro gol, após cobrança de escanteio de Bruno César.
Uma boa vantagem estava estabelecida. Faltando pouco mais de 10 minutos para o fim, Thiago Galhardo pediu substituição. A torcida pedia por Lucas Santos, mas Valentim lançou Andrey. O que foi coerente! Valentim se arriscou para conseguir virar o jogo, deixou apenas Lucas Mineiro na contenção e pôs Bruno César junto com Galhardo, na intenção de qualificar o passe. Conseguiu isso! Com a vantagem na mão, ele achou mais coerente recompor o meio do que lançar mais um atacante e abri ainda mais o seu time.
Cinco minutos depois, o Avaí, que já ocupava mais o campo de ataque, diminuiu a vantagem vascaína. Valentim foi culpado por “recuar” o time? Não! Ele apenas recompôs o meio. O que fez a equipe do Vasco recuar foram às substituições de Geninho, postando seu time mais a frente. O recuo do Vasco foi em virtude disso, não pela entrada de Andrey.
No fim, vaias e gritos de burro, completamente injustos, na opinião deste que vos escreve!
Uma vitória que acabou com gosto amargo, mas não por culpa de Valentim. Não dessa vez! Poderia ter sido melhor? Com certeza! Mas a crucificação de Valentim é um tanto injusta!
/+/Saudações Vascaínas/+/
Atuações:
Fernando Miguel: Falhou no primeiro gol. Seguro no restante do jogo. Sem culpa no segundo gol. Nota 5,5.
Cáceres: Não conseguiu aproveitar os espaços deixados pelo Avaí, deu espaço demais no lance que resultou no segundo gol. Nota 5.
Werley: Mais seguro que Castan, mas não esteve em seus melhores dias. Nota 5,5.
Castan: Atrapalhado no primeiro gol, erros de passe… Uma das piores atuações desde que chegou. Nota 4.
Danilo Barcelos: Um gol e uma assistência. É uma arma importantíssima do time atual. Nota 7,5.
Raul: Com espaço, precisa atuar mais com a bola, o que compromete seu desempenho. Nota 5.
Lucas Mineiro: Começou bem marcado, não conseguindo fazer a transição da defesa para o ataque. Aos poucos foi conseguindo se encontrar. Por 35 minutos atuou como o único volante, se saiu bem. Vacilou ao não acompanhar André Moritz no segundo gol. Nota 6.
Yago Pikachu: Boa movimentação, pouca criatividade. Levou perigo por sofrer faltas próximas a área. Nota 5,5.
Thiago Galhardo: Primeiro tempo muito ruim, não deu seguimento a nenhuma jogada, errou tudo. Melhorou no segundo tempo, com a entrada de Bruno César. Fez o terceiro gol. Nota 6.
Marrony: Vinha sendo o melhor do ano, mas acumula a segunda partida ruim. Precisa voltar aos melhores dias. Nota 4,5.
Maxi Lopez: Primeiro tempo não participou do jogo. No segundo, participou um pouco mais. Se não perder peso, vai seguir sendo espectador privilegiado. Está longe de ser o jogador importante da reta final em 2018. Nota 4.
Rossi: Muita velocidade e intensidade. Pede passagem no time titular, mas temo que, pela intensidade, não agüente 90 minutos. Incomodou muito o adversário e fez um gol. Nota 7.
Bruno César: Deu mais qualidade no passe e auxiliou na manutenção da posse de bola. Nota 6,5.
Andrey: Entrou para recompor o meio, mas não foi notado. Sem nota
Alberto Valentim: Escalou o que tinha de melhor tecnicamente e fisicamente. Ousou no intervalo e colheu os frutos. Acertou em recompor o meio e foi injustamente vaiado por fazer o certo. Nota 6,5.
Deixe uma resposta