Milton errou ou não? Qual é o limite da rivalidade?

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Por mais que se tente polarizar uma final de campeonato de futebol no Brasil e, principalmente, no Rio de Janeiro, torna-se praticamente impossível não envolver os principais times da região e seus torcedores, jogadores e até comissões técnicas.

É tempo de se comparar vitórias, reescrever números estatísticos, rebater antigas provocações e pensar em novas.

Durante toda a semana anterior à final, realizada no último fim de semana, cada um dos envolvidos, direta ou indiretamente, falou o que quis… e ouviu o que não quis.

Houve torcedor que antes achava que o Campeonato Estadual não valia nada, agindo como se fosse uma final de mundial de clubes. E o inverso também aconteceu.

Durante o jogo não foi diferente, com torcedores dos quatro clubes grandes do Rio, trocando mensagens nas redes sociais a cada lance.

O fato é que as provocações, quando se mantém apenas no campo das brincadeiras sadias, as chamadas “zoações”, onde, acima de tudo, impera a alta receptividade de quem é “zoado”, contribuem de forma muito positiva para a tão pedida PAZ NO FUTEBOL.

Entretanto, quando elas ultrapassam o limite do razoável e do sensato e fazem com que torcedores, por irracionalidade, ou até mesmo ódio desnecessário, passem a agir como se no outro lado não houvesse seres humanos, como todos nós, ou valores como a justiça, respeito e amizade, vemos atitudes e pensamentos absolutamente descartáveis.

Graças a Deus, nenhum exagero foi cometido nestas finais a ponto de desabonar a conduta de uma determinada torcida ou organização, fazendo com que tivéssemos momentos de paz dentro e fora dos estádios.

Entretanto, um fato que deveria ser encarado como uma atitude absolutamente normal, profissional, educada e sincera, ganhou dimensão demasiadamente distorcida, exatamente por essa inversão de valores gerada por uma paixão que, vez por outra, cega torcedores e jornalistas.

Como todos já devem ter notado, estou falando do fato do comandante vascaíno Milton Mendes ter assistido à final do campeonato estadual, das arquibancadas do Maracanã, em meio aos torcedores rubro-negros e tricolores, se deixando fotografar entre eles, sempre com um sorriso educado e cordial no rosto.

Ora, amigos, esse artigo foi feito exatamente para aqueles que criticaram a decisão e a atitude de Milton Mendes. Mais ainda, para os próprios vascaínos que se colocaram nessa postura crítica, aliás, típica dos pensamentos pequenos de nosso presidente.

Durante muito tempo, criticamos nossos comandantes por agirem sem personalidade, curvando-se a condições e regras descabidas, impostas por nossas diretorias e, justamente, quando um técnico demonstra, através de atitudes sinceras e despretensiosas, que age conforme suas convicções e valores, convicto de que elas são desprovidas de maldade ou ranço causado pelo corriqueiro “politicamente correto”, uma parte da própria torcida vascaína se posiciona de forma injusta e impensada?

A atitude do Senhor Milton Mendes deve ser, sim, louvada. Primeiramente por ele estar no seu direito de assistir de onde quiser e com quem desejar a qualquer partida que possa ter vontade. Será que nós mesmos apenas assistimos partidas do nosso Vasco da Gama? Será que em nossas vidas normais não possuímos amigos verdadeiros que torcem para outros clubes?

Por outro lado, era pertinente que ele estivesse ali, pois todos os dois times que se enfrentavam serão nossos adversários no Campeonato Brasileiro (o Fluminense, time do qual perdemos duas vezes esse ano por 3 x 0, já na terceira rodada).

O fato de Milton Mendes ter tirado fotos com flamenguistas e tricolores só demonstra sua educação e preparo psicológico para comandar um time como o Vasco. Aliás, em momento algum, diga-se de passagem, ele demonstrou estar torcendo para um ou outro time, além de ter sido igualmente cordial com as duas torcidas, aceitando inclusive brincadeiras de todos os lados, não tenho a menor dúvida.

Portanto, acho que tanto uma parte da torcida quanto uma parte da imprensa, exagerou e deu cartaz demais para um episódio absolutamente normal e que deveria ser mais corriqueiro em nosso futebol.

Nosso blog se solidariza com nosso comandante e pede para que continue agindo com altivez e independência, dentro dos valores morais que queremos para aqueles que representam o nosso amado Vasco da Gama.

E para quem o criticou, temos coisas mais importantes com que nos preocuparmos esse ano.

Saudações Vascaínas.

2 respostas para “Milton errou ou não? Qual é o limite da rivalidade?”

  1. Avatar de José Donin
    José Donin

    Muito pertinente sua abordagem, são essas atitudes patra desarmar os incautos.

  2. Avatar de Marcello
    Marcello

    Nossa torcida está a Flor da pele porque é inflamada pela atual diretoria do club que não tem mais liderança positiva nem controle da situação. Dai a intolerância… anos se passam e as. Tavares e mentiras caem por terra… e continuamos sem os resultados que o Vasco merecemos!

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