Com a semana cheia para trabalhar, esperamos que o time do Vasco mantenha o futebol apresentado no último jogo. Ao que tudo indica, o treinador manterá o mesmo time, fato raro no Vasco nessa temporada, todavia não quero focar em questões táticas ou técnica do time. Na verdade, alguns acontecimentos da semana trouxeram mais preocupação no que tange ao nosso futuro.

O primeiro deles é quanto ao balanço referente ao exercício de 2017. Na última quarta-feira como esperado, o Conselho Fiscal recomendou a aprovação das contas da gestão Eurico Miranda de 2017 sem unanimidade. O placar foi de dois a um, com o presidente do poder, Edmilson Valentim, e o conselheiro Rafael Landa, sendo favoráveis. Já o conselheiro Otto Carvalho foi contra. As contas apresentadas por Eurico são paralelas às entregues em abril pelo presidente vascaíno Alexandre Campello, que havia contratado uma auditoria externa para elaborá-lo. Os números comparados um ao outro são conflitantes. No entender de Campello, o que foi feito por ele é o válido. Já a maioria do Conselho Fiscal entendeu que não como considerá-lo verídico sem a assinatura e o consentimento de Miranda, que era o presidente em exercício na época. Agora eu deixo uma pergunta: Qual balanço condiz com a realidade?  Só um adendo, Otto Carvalho, por sua vez, protocolou na secretaria do clube um parecer independente, no qual recomenda a reprovação com responsabilização das contas.

No documento, ele cita prestações sem comprovação, a principal delas de cerca de R$ 5 milhões, relativas ao “suprimento de caixa da presidência” de Eurico, e omissão contrato de compra e venda do volante Douglas Luiz ao Manchester City, em julho de 2017. Visto isso, observamos que os homens que estão dentro do Vasco a cada dia procuram prejudicar ainda mais o clube comprometendo seu futuro. Ao que parece, cada ano que passa, jogam a sujeira pra debaixo do tapete. Como tornar o clube viável desse jeito? Existe claramente uma guerra de poder declarada em meio a liminares que cancelam (ou não) as últimas eleições.

Há uma questão técnica muito grave em tudo isso, pois com a aprovação do Conselho, nem a Justiça será capaz de anular, pois é como prestação de contas de condomínio, se for aprovada, a assembleia é soberana.

O time mal das pernas, lutando mais uma vez contra o rebaixamento e seus dirigentes parecem nem se importar. Vou nem entrar no mérito do preço dos ingressos que é o mais caro do Rio, enquanto um de nossos rivais que também luta para não cair colocou ingressos a 2,50 reias (meia).

Quando tudo parece ruim, lembre-se, pode piorar! Mais um jogador entra na justiça contra o clube alegando cobrando seis meses de salários atrasados e doze meses de FGTS não pagos. E, uma notícia mais preocupante, provavelmente teremos uma perda considerável das cotas de televisão em 2019 de acordo com a nova foram de redistribuição entre os clubes. A divisão do dinheiro seguirá o seguinte modelo: 40% divididos de forma igual entre os 20 integrantes da Série A, 30% pelo número de partidas transmitidas e 30% de acordo com a classificação final do torneio. O Vasco, atualmente na 14ª colocação, teria uma perda considerável, de R$ 42,5 milhões, com a cota do Brasileirão. O clube carioca embolsa hoje R$ 100 milhões e ficaria com apenas R$ 57,5 milhões diante do novo modelo, sendo R$ 26,6 milhões fixos, R$ 17,9 milhões pelos jogos na TV (sete) e R$ 13 milhões pela 14ª posição final. Uma perda abrupta para quem recebia 100 milhões. Isso levando em conta o não rebaixamento, onde teríamos uma perda de 58 milhões aproximadamente, configurando um tragédia sem precedentes, pois como todos sabem, o dinheiro das cotas televisivas é o que nos mantêm praticamente.

O Vasco sangra, e ao que parece, seus dirigentes não querem enxergar.

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Fonte: netvasco.com.br

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