No último domingo, boa parte do Planeta parou para assistir a um dos maiores eventos esportivos do mundo: o Super Bowl. Para os menos ambientados, trata-se da decisão do campeonato nacional de futebol americano, o esporte que atrai o maior número de olhares pela TV e nos estádios dos Estados Unidos da América e que, já há algumas décadas, passou a ser admirado por muitos brasileiros.

O campeão da atual temporada (pela sexta vez na História da NFL, a Liga Profissional de Futebol Americano) foi o New England Patriots, do quarterback (posição de criação das jogadas do time) Tom Brady – que aqui no Brasil é mais conhecido como o marido da modelo Gisele Bündchen. Os Patriots e seu QB têm a fama de serem avassaladores contra os adversários, principalmente nos jogos decisivos. No entanto, diante de um rival conhecido por seu potente ataque, o Los Angeles Rams, o time de Brady optou por um esquema que visava fortalecer a defesa, impedindo os principais avanços de seu adversário, mesmo que isso eventualmente sacrificasse seu tradicional jogo ofensivo em alguns momentos da partida. Deu certo.

Após o jogo de sábado, quando o Vasco venceu o tricolor carioca por 1 a 0 e assegurou o primeiro lugar no seu grupo e a consequente vantagem do empate na semifinal da Taça Guanabara, ouvi e li muitas pessoas que acompanham bem o futebol “association” criticarem a postura da equipe, por ser defensiva demais, abdicando do ataque em nome do resultado.

Claro que respeito essas opiniões, mas delas divirjo. Desde que o Brasileirão 2018 acabou, grande parte dos torcedores vascaínos lamentaram uma temporada em que a equipe cruz-maltina sofrera mais de 90 gols (média de quase 1,5 gol por jogo), com direito a goleadas impiedosas e falhas clamorosas dos nossos defensores.

Acho que Valentim também não gostou e, neste ano, contando com novos jogadores e iniciando o trabalho quase que “do zero”, começa a armar um time que parece saber a hora certa de atacar e de se defender. Contra um adversário cheio de jovens e velozes jogadores e em um gramado em péssimas condições, o Vasco praticamente não deu espaços e obrigou o time de Fernando Diniz a arriscar chutes da entrada da área ou a fazer cruzamentos infrutíferos. Deu certo.

O futebol americano e o “nosso” futebol parecem bem distintos – e são, em alguns aspectos. Mas se há uma lição compartilhada por ambos os esportes é a de que, mais do que ser efetivo, é preciso ser eficiente. Os Patriots souberam agir com inteligência, principalmente quando não tinham a bola oval sob controle e, ao final, ergueram o Vince Lombardi (troféu de campeão da NFL). Quem sabe o Vasco não usa a mesma estratégia contra rivais de ataque poderoso e também volta a levantar taças neste ano?

 

/+/ Saudações Vascaínas /+/