Era dia de Final. Acordamos cedo, contamos os minutos de um dia que não terminava. Fizemos planos. Ingresso comprado, era dia de compromisso. De estar no Maracanã para apoiar nosso time do coração.

Estávamos todos ligados. Procurávamos notícias. Como seria a escalação? Qual era a expectativa dos jogadores? Qual seria o esquema?

Chegada a hora, entendemos que seria um jogo sofrido, afinal nosso técnico Zé Ricardo, mais uma vez, escolheu a prudência, a falta de protagonismo e a covardia.

A chegada ao Maracanã foi fácil e mostrou um clima tranquilo, familiar. Parecia São Januário, só que maior. Eram quase 50 mil vascaínos que iniciavam uma linda festa.

E o Vasco foi pro jogo, com mais uma invenção de nosso Professor Pardal.

Para que quatro laterais, Zé Ricardo?  Pensava em conjunto os torcedores presentes. E cada um procurava entender e abonar de alguma forma a decisão do técnico.

  • É para segurar o lateral deles, dizia um torcedor.
  • É para fechar mais o meio, dizia outro.

O fato é que o Vasco entrou para não perder, infelizmente como acontece com a maioria dos times brasileiros, e principalmente com seus técnicos, como se não acreditassem que é possível repetir seus triunfos.

O jogo, entretanto, se mostrou diferente. Mesmo com o time taticamente recuado, vimos um Vasco melhor e com mais chances. Afinal, se nosso time estava desfalcado de alguns, nosso adversário estava ainda pior, sentindo as graves perdas de seus meias.

Enquanto isso, fazíamos nossa parte. Cantávamos, empurrávamos, regávamos nossos atletas com energia emocionante. Era uma festa linda. Tínhamos a certeza do triunfo até ali.  Não corríamos riscos.

Mas futebol é jogo de 90 minutos e, como se diz popularmente, “A BOLA PUNE”.  E já começou a punir, quando o irresponsável Fabrício resolveu estragar um título fácil. Talvez o mais fácil dos últimos tempos. Sua expulsão foi justa e tão irresponsável, que merecia demissão por justa causa.

Mesmo assim não nos calamos e tentávamos suprir a inferioridade numérica com energia. Os jogadores responderam.

Com a expulsão de Fabrício, Henrique foi recuado para a lateral e só então começou a jogar, coisa que não havia feito até ali. Mas sentia a falta de ritmo.

Paulão foi bem dessa vez. Martin mais uma vez e até Wagner apareceu bem, bem diferente do jogador apático de outras vezes.

No meio, Evander continuava omisso e lento, como sempre. No ataque,  o fraco e irritante Riascos,  provava que vive apenas de lampejos, os quais, dessa vez não aconteceram.

Do banco, Zé Ricardo projetava suas artimanhas para criar mais emoção na partida e começou a trocar meias e atacantes por zagueiros, inexplicavelmente. Começamos com 4 laterais e terminamos com 4 zagueiros. Era muita emoção.

E no final não deu. É impensável para qualquer pessoa normal, menos, é claro, para os técnicos brasileiros, que um time possa entrar em campo e sentar literalmente na vantagem do empate.

O Vasco recuou demais, deixou o Botafogo vir para cima e, mesmo Martin Silva em dia inspirado, pagou caro por isso.

Ontem não vimos falhas individuais gritantes, nem mesmo no gol adversário. Vimos sim, uma irresponsabilidade de um jogador instável, e um erro grave e conhecido de estratégia.

A partir daí, pênaltis. E qualquer resultado poderia vir. Infelizmente, para nossa desilusão, veio aquele que não desejávamos.

Em uma tarde que se parecia perfeita, apenas a nossa torcida não decepcionou.

Parabéns torcida vascaína. Vocês deram mais um show !!!

Saudações Vascaínas