Por Guto Correia
No dia 12/04, foi anunciada a renovação do patrocínio da Caixa Econômica Federal ao Vasco da Gama. O valor, publicado em diário oficial, fala em R$ 12,5 milhões. Desse montante, R$ 11 milhões serão divididos em 5 parcelas (pouco mais de R$ 2 milhões cada). O restante seria referente à conquista do campeonato brasileiro (R$ 1 milhão) e à da Copa do Brasil (R$ 500 mil). Lendo sobre o assunto, me ocorreu a seguinte pergunta: Quanto Cristóvão Borges custou aos cofres vascaínos?
Todos sabíamos que a contratação de CB estava fadada ao insucesso. Quer dizer, todos menos a diretoria. Cristóvão foi contratado por Eurico que falava que não adiantaria contratar Josep Guardiola para dirigir o Vasco, pois para dirigir a equipe de São Januário era necessário conhecer o Vasco e isso Guardiola não conhecia, quem conhecia era Cristóvão Borges. Vale lembrar que o ex-técnico, contou com 3 meses de preparação para contar com a equipe “tinindo” no início do campeonato. Além disso, teve em suas mãos uma equipe mais completa que Jorginho, com diversos reforços para áreas carentes.
Mas voltemos a nosso tópico. Quanto CB custou ao Vasco da Gama? Não levarei em conta valores como salário, pois caso não contássemos com ele, teríamos outro técnico e creio que pagariam aproximadamente a mesma coisa. Considerarei apenas os valores referentes aos resultados não atingidos.
É de conhecimento comum que o Vasco fez uma péssima campanha no início do Carioca. Não ganhamos nenhum clássico. Ou seja, não ganhamos de nenhum time da Série A do Brasileirão. Classificamo-nos em quarto para as semifinais (pior campanha dentre os grandes). Na semifinal, fomos eliminados pelo Flamengo, por 1 a 0.
Não encontrei dados sobre quanto o finalista receberia. Mas o vencedor da Taça Guanabara levou R$ 1 milhão para casa. Além disso, a renda de um clássico. Levando-se em consideração o último jogo decisivo entre Vasco e Fluminense (outro finalista da taça), na Arena Manaus, estamos falando de algo em torno de R$ 2 milhões.
Portanto, a eliminação precoce custou aos cofres algo em torno disso: R$ 2 milhões, levando-se em consideração a divisão da renda entre os dois finalistas.
Além do carioca, a campanha pífia na Copa do Brasil também custou aos cofres do clube. Ao passarmos da primeira fase, embolsamos R$ 500 mil. Como caímos na fase seguinte, nada mais levamos. Na campanha de 2016, chegamos às oitavas com um time inferior, ao menos no papel. Caso houvéssemos apresentado o mesmo rendimento, significaria um acréscimo de R$ 2,9 milhões. Não contarei as rendas de público pois isso dependeria dos adversários que enfrentaríamos.
Além dos valores acima, precisamos lembrar que caso fossemos além da marca de 2016 na Copa do Brasil, os números seriam ainda maiores:
Quartas: Arrecadaríamos 3,9 MM no total
Semifinais: Arrecadaríamos 5,2 MM no total
Caso perdêssemos a final: Arrecadaríamos 7,2 MM no total
Caso campeões: Arrecadaríamos 11,2 MM no total
Além dos valores acima, ainda há um bônus por parte da caixa, em caso de título: R$500.000,00.
Portanto, por conta da má escolha da gestão atual, conseguimos perder de R$ 4,9 milhões a R$14,3 MM em 3 meses. Isso sem contar rendas. O investimento em um técnico mais forte representaria esse mesmo valor perdido em tão curto período de tempo?
Pois é… às vezes o amadorismo, tão defendido pela famiglia Miranda, custa caro, não é?
Saudações Vascaínas
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