E no final da noite de ontem, início do dia de hoje, já varando a madrugada, descobrimos qual time boliviano enfrentaremos. Será o Jorge Wilstermann, time de Cochabamba, mas que, com a reforma de seu próprio estádio, está fazendo seus jogos com mando de campo em Sucre, a mais de 2800 metros acima do nível do mar.
Eis que, já nessa fase inicial, enfrentaremos o adversário que mais amedronta os brasileiros. Não há time argentino, uruguaio, Bombonera, Defensores del Chaco. Nenhum time ou estádio gera um frio na barriga tão antecipadamente do que o “Soroche” (“mal da altura”, para nossos amigos que vivem na Cordilheira.
Além disso, o time do JW é bastante reforçado, parecendo praticamente uma colcha de retalhos continental. Há brasileiros, argentinos, uruguaios e paraguaios no seu elenco, o que vem dando mais capacidade ao time boliviano, que, na última edição da Taça Libertadores eliminou o Atlético-MG nas oitavas e, no primeiro jogo das quartas de final, abriu um impressionante 3×0 contra o River Plate jogando o primeiro jogo justamente na altitude (sendo certo, que levou 8 no jogo da volta e foi eliminado de forma humilhante).
O time deste ano parece ainda estar, como em qualquer início de temporada, ainda com pouca capacidade física e, com uma defesa bem desarrumada, que, mesmo com uma boa vantagem vinda do jogo da ida e ampliada, tomou um grande sufoco, no fim de jogo, de um time ainda mais fraco e que não joga normalmente na altitude.
Mas o título desta coluna vem relembrar que qualquer time tem de enfrentar esse adversário contra alguns times e, se o time do Vasco quer entrar no “grupo da morte” da Libertadores, precisa ganhar mais “casca”. Esse nosso time rejuvenescido em relação ao ano passado ainda carece de experiência e rodagem, então, nada melhor do que enfrentar um adversário mais forte do que o fraquíssimo Universidad de Concepción.
Todos os brasileiros “morrem de medo” de enfrentar os males que a altitude provoca. Times e seleções, de diversos anos e gerações, já enfrentaram times bolivianos lá em cima, com poucos resultados satisfatórios. Isso ainda se torna mais complicado, quando o segundo jogo será lá. Então, que o Vasco faça o seu dever de casa, abrindo uma boa vantagem no primeiro jogo aqui na Colina Histórica, de preferência sem levar gols, de forma a termos um pouco mais de tranquilidade de jogar de forma inteligente no jogo de volta.
De todas as formas, mantemos o descrito: PARA CIMA DELES, VASCO !!! E QUE VENHA A ALTITUDE !!!
/+/ SAUDAÇÕES VASCAÍNAS /+/
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