O 120º do aniversário do Club de Regatas Vasco da Gama será comemorado na próxima semana. Mas, exceto pelo seu passado de inúmeras glórias, pouco há que se celebrar em São Januário.
O clube começou o ano de 2018 imerso em uma aparentemente infindável guerra política, na qual o vencedor das urnas não foi eleito Presidente e a sombra do eterno mandatário vascaíno insistia em pairar sob a nova gestão.
Definido o processo eleitoral, em meio a grandes dificuldades financeiras e estruturais, o Vasco fracassou em todos os seus projetos futebolísticos da temporada: vice no Estadual para um rival tecnicamente inferior; eliminação humilhante na Libertadores; quedas precoces nas Copas do Brasil e Sul-Americana; e uma campanha desanimadora no Brasileirão.
Em meio a essa situação, o técnico Jorginho foi demitido na noite desta segunda-feira. Sua contratação foi um erro colossal da Diretoria! Não tinha apelo popular nem perfil para o momento. Não podia dar mesmo certo! De toda sorte, sua dispensa, ainda que aplaudida pela maioria da torcida, representa mais um ingrediente na (infelizmente) já conhecida “receita de bolo” que nós vascaínos já tivemos o desprazer de experimentar: o rebaixamento à Série B.
Sim, nas três oportunidades em que o Vasco amargou quedas para a 2ª Divisão Nacional, os “ingredientes” foram os mesmos: momento político conturbado; troca frenética de treinadores, com filosofias de trabalho bem distintas entre si; um jogador “eleito” como Salvador da Pátria, mas que, claro, sozinho, não consegue evitar o revés.
Neste ano, a “receita” para os momentos mais difíceis tem sido quase sempre a mesma: bola no Pikachu. Mas o lateral/meia/pokemon, além de não ter a genialidade de Edmundo, Juninho e mesmo Nenê, não deve ser a única saída para a crise. E nem a dispensa de Jorginho.
Em mais um momento amargo de sua rica História, o Vasco e sua torcida não merecem experimentar mais uma vez um bolo de sabor indigesto, cuja receita, ao invés de rasgada, parece estar sendo seguida à risca.
/+/ Saudações Vascaínas /+/
BOA TARDE, MAURO. SAUDAÇÕES VASCAÍNAS….ISSO AÍ, Mas tenho a tecer brevemente pequenas reflexões a propósito das duas imagens que me chamaram especial atenção ao ler o seu belo texto, ao volver minhas vistas meio cansadas do menos como ademais dos vascaínos, tal como você, para o bolo que parece ser delicioso que você usou de imagem da crônica. E mais acima a inspiradora e oportuna imagem da nau desbravando mares bravios. EXATAMENTE, Não me sai da cabeça que passou da hora do VASCO ousar, e ousar pesadamente. Um técnico forte, de peso, e três reforços inquestionáveis…e se bem trabalhados com o discutível atual pessoal do marketing, sabemos o resultado único: adesões em massa aos planos de sócios, atração de patrocínios poderosos…eis o ciclo VIRTUOSO…afinal, só um GIGANTE suporta marés como a que temos visto, repito, com olhos cansados…mas DESBRAVAR É PRECISO. Sem bravatas, mas com ousadia, a fim de que nos deliciemos com bolos como bem ilustrou o amigo, sobretudo após a nossa caravela Vascaína após triunfar merecer deslizar em águas tranquilas, nos mares de vitória, posto que é o destino do clube de maior importância do MUNDO: VASCO, VASCO, VASCO!!!