chape-vascoProcurando esquecer a dura derrota sofrida para o Racing no meio da semana, por 4 x 0, pela Libertadores, o Vasco entrou em campo em Chapecó para enfrentar o time da casa, que possui um histórico de vantagem sobre a equipe carioca.

Visivelmente ainda mexido com a derrota, o Vasco iniciou a partida com um time modificado, sem as presenças de Erazo e Evander, muito criticados pela imprensa e torcida, recentemente.

Entretanto, fica bastante claro que as mudanças foram mais para dar uma resposta rápida ao público, do que efetivamente para resolver os problemas recorrentes que a equipe apresenta, muito parecida com a barração injustificada de Ricardo Graça após o outro 4 x 0 contra o Jorge Wilstman.

É bem verdade que Erazo e Evander realmente vem errando demais e que suas substituições são pedidas há alguns jogos, mas o que parece é que Zé Ricardo fez um movimento mais de “Marketing”, pois se recusa a mexer em peças que claramente não rendem, mas que continuam contando com seu prestígio, como os casos de Wellington e Rafael Galhardo.

As mexidas, como se previa então, não surtiram o efeito desejado e o primeiro tempo só não foi de sufoco absoluto, pela fragilidade do adversário que, embora superior, não assustava efetivamente. Entretanto, o jogo morno não foi suficiente para evitar que a equipe de São Januário sofresse mais um gol pelo alto. Em jogada pela esquerda, a bola foi centrada para o aniversariante do dia, e algoz vascaíno, Wellington Paulista, abrir o placar para a equipe catarinense. Mais uma vez, Paulão só olhou.

A partida continuou morna demais e pouco aconteceu até o final do primeiro tempo. A partir daí o que se viu foi um outro jogo. Diferente do que faz normalmente, Zé Ricardo resolveu mexer já no intervalo e substituiu o fraco Rafael Galhardo pelo sempre competente Thiago Galhardo, recuando Pikachu para a lateral.

A mexida deu certo e o Vasco tomou conta da partida, confirmando que, ao menos enquanto Giovani Augusto não se recuperar, não há formação vascaína adequada sem a presença do meia Thiago Galhardo, que modifica a maneira com que a equipe joga, dando agilidade, toques rápidos, revezamentos e assistências.

E foi exatamente dos pés de Thiago Galhardo que surgiram as principais jogadas do Vasco, como o bonito gol de Andrés Rios, que recebeu do meia e tocou para o gol após driblar o goleiro adversário. E o Vasco somente não venceu por conta de um erro incrível de finalização de Evander, que havia entrado no lugar de Wellington. Evander recebeu a bola de Rios na pequena área, na medida para apenas tocá-la para dentro do gol, mas furou bisonhamente, tirando a chance de dar mais dois pontos importantes para a Vasco no campeonato.

Wagner, que melhorou muito após a entrada de Thiago, ainda teve mais duas chances para marcar, mas que pararam na zaga catarinense.

O empate contra a Chapecoense, será mais lamentado então pela perda da oportunidade que se apresentou de se fazer um resultado melhor, do que pelo que se esperava, uma vez que foi um jogo fora de casa e, nessas condições, o empate é normalmente visto como a conquista de um ponto e não como a perda de dois.

Para as próximas rodadas, entretanto, essa partida precisa de uma vez por todas ser encarada como uma resposta às decisões equivocadas de Zé Ricardo proteger determinados jogadores. Não faz sentido algum, começarmos um jogo com um Rildo em campo, precisando fazer o resultado em cima de um adversário fraco e que não se jogou desesperadamente ao ataque. Rildo é jogador para contra-ataque, quando temos o placar a nosso favor. Por outro lado, Thiago Galhardo é jogador que, com sua inteligência, movimentação e toques rápidos, consegue ajudar a furar uma defesa bem postada. Ou seja, é jogador para iniciar a partida. E fica a pergunta: Será que, por ser um dos poucos jogadores que não possuem contrato com Carlos Leite, ele perde prioridade?

Esperamos que seja apenas uma coincidência, mas a torcida precisa ficar atenta a esses detalhes.

Saudações Vascaínas