Antes que alguém se manifeste sem ler o conteúdo desta crônica, ressalto que não se trata de chacota com o Vasco, seja porque a imagem acima é a da ambulância que entrou no gramado do Estádio Mané Garrincha, durante o clássico do último sábado, para socorrer o atleta Bruno Silva após lesão que o fez até perder os sentidos, seja porque sou vascaíno e a última coisa de que tenho vontade neste momento é dar risada.

Por ser esse espaço dedicado exclusivamente ao Vasco, não vou comentar a atuação do arquirrival rubro-negro. A mim não importa saber se eles jogaram bem ou mal. Trata-se do Vasco da Gama, o Gigante da Colina, outrora campeão nacional e continental e que hoje vive mais um amargo capítulo de sua grandiosa história.

Tal qual a ambulância da imagem acima, o Vasco começou o último jogo acelerando no campo de ataque, para surpresa de quase todos (minha, inclusive!) que esperavam um time retrancado (três volantes), sem criatividade (o principal armador (?) seria o então esquecido Fabrício) e com Ríos que… bem, é o Ríos. O time parecia vir em socorro de sua combalida torcida, dominando as ações no meio-campo, anestesiando as principais jogadas do ataque adversário e ainda criando algumas jogadas de perigo – uma delas desperdiçada por Ríos, claro. No entanto, nossa “recuperação” parecia até ser completa, porque o próprio atacante argentino anotou o gol, após confusa disputa pela bola envolvendo o outro hermano do time – o eficiente Maxi López.

O primeiro tempo terminou com nossa vitória parcial e a sensação de que poderíamos “ter alta” da zona de rebaixamento. Até mandamos uma bola na trave, logo no início da segunda etapa, pra corroborar tal expectativa. Ledo engano. O arquirrival, mesmo jogando mal, veio pra cima em busca do empate e, mais uma vez, provamos que nosso preparo físico é tal qual a mesma ambulância que precisou ser ridiculamente empurrada por alguns atletas para “pegar no tranco”: sem “combustível”, praticamente não criamos mais (Fabrício parecia exausto!) e, pra completar, perdemos nosso melhor jogador em campo, Raul, lesionado (mais um!).

Mesmo após a expulsão de um jogador adversário, parecíamos nós o time com um a menos; então, sofremos duas baixas, em sequência: o gol contra de Luiz Gustavo (outra prova do pânico que o time vem sofrendo) e a já mencionada lesão de Bruno Silva, quando Valentim não mais podia fazer substituições, de modo que nos igualamos em número de jogadores em campo com o adversário.

O resultado final de empate até poderia ser analisado sob viés positivo – jogamos bem melhor do que o quarto colocado do campeonato durante um tempo de jogo e interrompemos a sequência de derrotas. Mas não dá pra cobrir com gaze e esparadrapo a ferida causada pelas desastrosas administrações do nosso clube na última década: seguimos entre os últimos colocados do Brasileirão e a perspectiva de melhora não é otimista.

Temos mais uma semana de agonia pela frente, à espera do confronto da próxima segunda-feira, contra o tricolor baiano. Que o Dr. Valentim possa operar um milagre e, junto com seus “enfermeiros” vascaínos, ajude a tirar o Vasco da “UTI”.

O Ministério da Saúde Cruz-maltina adverte: torcer para o Vasco é recomendável, desde que adotadas as precauções em caso de cardíacos e hipertensos. E olha que o Campello é médico!

 

/+/ Saudações Vascaínas /+/