Com mais de 22 mil presentes em São Januário, o Vasco fechou o ano de 2017 muitas vezes melhor do que as mais otimistas previsões. Terminou o segundo turno com a melhor campanha em pontos, ao lado da Chapecoense e se classificou para todas as competições importantes de 2018.
A festa foi linda. Digna do Vasco e de sua apaixonada torcida. A confiança era tanta que ninguém se preocupou com a postura defensiva inicial da equipe. Afinal, isso era normal e esperado. O Vasco cedia muito campo para a Ponte e era muito tímido para atacar, abusando demais da ligação direta, que encontrava um Andrés Rios em dia pouco inspirado.
Aos poucos, entretanto, a equipe foi crescendo e encontrou seu primeiro gol em cruzamento preciso de Yago Pikachu para Paulinho, que deslocou Aranha para fazer 1 x 0. Com o gol, a Ponte sentiu e o Vasco foi para cima, conseguindo logo em seguida um pênalti, que Nenê desperdiçou, diminuindo o ímpeto vascaíno.
As equipes voltaram para o segundo tempo com o mesmo futebol do primeiro. A Ponte, embora possuísse campo para trabalhar, esbarrava na zaga bem postada e comandada por Anderson Martins.
Para tensão da torcida, que viu o Vasco levar o empate em vários confrontos, a partida seguiu morna, até que, em jogada bem armada por Paulinho, Pikachu e Wellington, Mateus Vital, que acabara de entrar, apenas empurrou para o gol, mostrando que Zé Ricardo também tem a sua estrela.
A partir daí a torcida relaxou e começou a festejar. Gritou, cantou, fez “ÔLA” e, mesmo o gol da Ponte, não conseguiu estragar a linda comemoração.
Ao final da partida, um lindo show com fogos de artifício foi o pretexto para que ninguém fosse embora e os Jogadores, agora relaxados, também entrassem no clima e fossem, literalmente “para a galera”.
Vamos então para as análises individuais:
Martin Silva: Pouco exigido, mas com atuação segura. Pulou certo no pênalti e quase pegou.
Madson: Bom na defesa e constante no apoio. Sofreu o pênalti desperdiçado por Nenê.
Paulão: É impressionante como a companhia de Anderson Martins faz bem para ele. Esteve seguro e não comprometeu.
Anderson Martins: 2 ou 3 botes errados, mas com uma capacidade de recuperação monstruosa. Dá tranquilidade para toda a defesa. Um dos responsáveis diretos pela recuperação do Vasco no campeonato.
Gilberto: Errou bem menos do que em outras partidas, mas precisa entender que não possui o futebol que acha que tem. Se fizesse o básico, não ficaria tão exposto e seria mais produtivo.
Wellington: Manteve a regularidade que vem apresentando na segunda metade do segundo turno. Muito útil e tranquilo. Se emocionou ao final, mostrando o quanto se esforçou para ajudar a equipe.
Evander: Não vem apresentando o brilho de outras apresentações, principalmente por não estar aparecendo para a saída de bola. Quando o Vasco tem a posse de bola, avança demais e se isola.
Pikachu: O Nome do jogo. Finalmente uma partida bem diferente do futebol burocrático que sempre apresentou e que o fez acumular críticas. Não se escondeu em momento algum, fez o cruzamento para o gol de Paulinho e quase marca em um bonito chute de fora da área.
Nenê: Não vem apresentando um futebol regular, mas se doa bastante. Perdeu um pênalti, mas não perdeu o prestígio. Foi perdoado e saiu aplaudido, após um choque de cabeça com um defensor da Ponte.
Paulinho: Muita correria, um gol e foi o suficiente. A falta de alguém competente para tabelar o atrapalha, pois embora seja habilidoso, não é um velocista. Participou também do segundo gol, iniciando a jogada e fazendo a conclusão na qual o Aranha deu rebote.
Andrés Rios: Discreto. Embora lute muito, não produz. E ontem, nem algumas enfiadas que vinha dando, aconteceram.
Mateus Vital: Entrou e foi fundamental. Manteve a posse de bola e mostrou oportunismo para fazer o segundo gol.
Jean: Entrou para fechar a defesa, e teve atuação típica de Jean. Entrou, arrumou logo um cartão amarelo, roubou muitas bolas e no fim cometeu o pênalti que resultou no gol da Ponte.
Eder Luis: Não se podia esperar muito de um atleta que passou por tantos problemas físicos e que está sem ritmo de jogo. Mesmo assim, correu e participou de algumas jogadas.
Zé Ricardo: Mesmo jogando em casa, entrou com o time muito recuado, dando muito campo para o time da Ponte, que era franco atirador e não almejava mais nada no campeonato. A vitória veio premiar seu trabalho que, se não foi bonito aos olhos da torcida, foi produtivo e proporcionou ao Vasco se classificar para a Libertadores. Bateu sua meta.
Que venha 2018
Após um 2017 de muito sofrimento e incertezas, o Vasco terá um desafio muito grande para 2018. Do tamanho de suas tradições. Precisará resolver da melhor maneira, e da forma mais rápida, as pendências de sua eleição e, seja com a diretoria que for, iniciar um planejamento sério e conseguir arrecadar verbas para a montagem de um plantel capaz de vencer as competições.
Se 2018 estava tenebroso para o clube conseguir apoio financeiro, as conquistas de 2017, no campo, podem ajudar um pouco, pois a visibilidade será muito maior.
O que todos esperam é que a diretoria se empenhe em ações que realmente levantem o Vasco. Que levem o clube para onde ele nunca deveria ter saído. Para o protagonismo dos grandes vencedores. No que depender de sua torcida, temos a certeza que a festa e o apoio estarão garantidos.
Saudações Vascaínas
Deixe uma resposta