O jogo começou no pré-jogo. As escalações já diziam o que os técnicos esperavam dos seus times: Abel armou um time de garotos mesclado com os 3 maiores investimentos, nitidamente desconsiderando a relevância da partida; Valentim deixou Bruno César e Rossi no banco, apostando num time mais vertical, a fim de explorar contra-ataques.
O jogo começou em 220v: Vasco e Flamengo alternavam chances de gol. As do time cruz-maltino eram normalmente proporcionadas por falhas dos garotos rubro-negros. O Flamengo, por sua vez, tinha a bola, mas ameaçava mais com chutes de longe.
Entre a metade final do primeiro tempo e a metade do segundo tempo, o Flamengo controlou a partida. Abel compactou o time, fechou os espaços na defesa e, após o gol, jogou no contra-ataque. O Vasco, por sua vez, parecia perdido em campo.
Mas Valentim foi mais feliz nas substituições: Rossi entrou muito bem e Bruno César deu mais volume de jogo ao meio-campo vascaíno. Ribamar entrou mais pela necessidade de o time buscar o empate, mas acabou ajudando.
O Flamengo foi muito displicente na hora de matar o jogo e acabou castigado. O pênalti foi bem marcado e Maxi salvou o Vasco, embora tenha tido um desempenho HORROROSO.
No fim, acho que os dois times têm o que comemorar e o que se preocupar: o Flamengo porque jogou um pouco melhor mesmo com um time misto, embora necessite de maior foco nos 90 minutos (haja vista o ocorrido no Fla-Flu); o Vasco manteve a invencibilidade, mas teve o primeiro choque de realidade ao perceber que ainda está muito longe de ser um time confiável.
Análises individuais e notas:
Fernando Miguel: Fez boas defesas em chutes de longa distância e mostrou muita segurança. Nota 8.
Raúl Cáceres: Tímido no apoio ao ataque, ainda deixou espaços em contra-ataques no segundo tempo. Nota 5.
Werley: muito nervoso, entregava bolas fáceis para o adversário. Nota 4.
Leandro Castan: já fez partidas melhores, embora tenha sido mais sereno do que seu parceiro de zaga. Nota 6.
Danilo Barcelos: Não comprometeu e apoiou mais o ataque que o outro lateral. Nota 7.
Raul: sua melhor atuação com a camisa do Vasco. Bem na marcação e na saída de bola. Nota 8.
Ribamar: entrou mais pela necessidade de o time buscar o empate, mas acabou participando da jogada que resultou no pênalti. Nota 6.
Lucas Mineiro: jogou muito recuado e não teve o mesmo destaque de outras partidas. Nota 5.
Thiago Galhardo: nervoso, ansioso, confuso. Poderia ter sido expulso, deveria ter sido substituído bem antes do que foi. Nota 1.
Bruno César: deveria ter começado como titular. Entrou bem, distribuiu o jogo e, mesmo sem ter sido decisivo, foi importante taticamente. Mas errou um passe simples que quase comprometeu o resultado. Nota 6,5.
Marrony: sua pior partida desde que virou titular. Errava jogadas simples e não achava seu lugar em campo. Nota 4.
Maxi López: o que dizer de um cara que não jogou NADA, muito em função de estar nitidamente longe da condição física ideal, mas que mostrou muita frieza na hora de converter o pênalti que assegurou o empate nos acréscimos? Qualquer nota.
Pikachu: acho que nem ele acreditou que seria titular, porque simplesmente não entrou em campo. Não marcou, não criou. Insiste em cobrar faltas, todas de forma muito displicente. Nota 1.
Rossi: pede passagem como titular do time. É veloz, técnico e mostra uma disposição invejável. Nota 8.
Enfim: valeu pela manutenção invencibilidade – se você acha que isso não é importante, não conhece a rivalidade Vasco x Flamengo -, mas esse jogo e aquele contra o Juazeirense devem ser os parâmetros do que o Gigante da Colina NÃO deve fazer em campo do decorrer da temporada. Aprendamos a lição!
/+/ Saudações Vascaínas /+/
Boa noite. Pelo primeiro tempo, concordo. Pelo segundo, fico em confiança na sua análise, como de costume, fundamentadas e explicados os seus pontos de vista. Mas de dato, o Max está Minus….eu teria vergonha se jogador do nível dele estivesse tão fora de forma… que me perdoe a contundência: banco e cobrança urgentes. Afinal, isso é Vasco.
Desculpem-me. ..em confiança….fundamentados…SV
Concordo, Dante!