O início animador do Vasco no Campeonato Brasileiro elevou demais o otimismo do torcedor. Jogando de forma compacta e com muita entrega, o cruz-maltino trouxe de volta o sorriso ao vascaíno. Mesmo com limitações técnicas evidentes, o time caminhava bem e se mostrava confiável. Alguns mais céticos diziam que a tabela favorável tinha ajudado o time nesse começo; por outro lado, vi e ouvi torcedores mais otimistas falarem em pentacampeonato brasileiro. O ramonismo era uma realidade. Muitos vociferavam aos quatro ventos que estavam “ramonizados”.
Todavia a realidade bateu à porta! O time começou a oscilar e Ramon não tem mostrado competência para buscar soluções na montagem do time. Insistiu por muito tempo com Pikachu e Fellipe Bastos no time titular. Pragmático, teimoso, sem criatividade e “mais do mesmo”, o ramonismo tem se mostrado uma negação do ponto de vista criativo. Muitos dirão que faltam opções – e nem tiro a razão de quem diz, pois no elenco temos jogadores sem a mínima condição de jogar no Vasco. Nosso setor ofensivo é um piada de mau gosto! À exceção de Cano, ninguém sabe finalizar no gol! Talles, a joia da colina, precisa evoluir muito, não tem o perfil de chamar pra si a responsabilidade, além de finalizar mal à beça. Nossos laterais (sem exceção) são fraquíssimos e só temos um jogador de meio com capacidade de criação; todavia, isso não pode se usado como desculpa para as más atuações do time e baixa produtividade.
Ramon parece perdido como “um cego em tiroteio” e não consegue ousar ou mudar um esquema que sacrifica os poucos bons valores do time para um esquema que possa ser ao mínimo competitivo. Contra o Atlético-MG, foi um show de horrores, desde a escalação até as trocas sem sentido. O Vasco é um time fácil de ser marcado. Lento, mecânico e pragmático, o time não ousa e muito menos tenta outras alternativas durante o jogo. Isso não pode ser culpa só dos jogadores, pois os movimentos “mecanizados” são treinados por Ramon. Desde a saída sem chutões até chegar a bola nos pontas, tudo parece ser “bem treinado”. Após isso, não tem mais nada. O meio não tem criatividade (salvo Benítez), nossos pontas são inoperantes e sobra, então, para o argentino Germán Cano finalizar (quando a bola chega) para fazer gol.
Teremos uma sequência dura pela frente. Se acumularmos derrotas, poderemos até cair para a zona de rebaixamento (dependendo de outros resultados). Tem um ditado antigo de infância que dizia: “é bola ou búlica”. Poderíamos estar tranquilos a essa altura se tivéssemos vencido adversários mais frágeis tecnicamente, porém Ramon se mostrou apático e conservador nas mudanças, jogando fora uma chance de ouro de pontuar bem. Nesse ínterim, ainda fomos eliminados da Copa do Brasil em dois confrontos que marcaram a covardia vascaína contra um time que não ganha de ninguém.
Se Ramon almeja ser um grande treinador, precisa urgentemente rever seus conceitos e respeitar a nossa história. Esse ramonismo de fachada já deu! O torcedor não merece ser tratado como palhaço!
/+/ Saudações Vascaínas /+/
Parabéns pelo texto, Roberto. Penso assim também. As contratações do Vasco este ano, sem exceção, não frutificaram; ao contrário. Austeridade boa é a que não sacrifica a qualidade mínima do time, o que não ocorre nessa diretoria que contrata mal, gasta errado e quem paga? o próprio teimoso e aprendiz Ramón; mas essencialmente a imensa torcida que não tem motivos para estar feliz.