por Mauro da Silva Amorim Filho
Não teve jeito: após mais uma derrota em casa, em outra exibição pífia do time cruz-maltino, Zé Ricardo “pediu o boné” e não é mais o técnico do Vasco. Apesar de prestigiado pela Diretoria e (ainda!) favorito de muitos vascaínos, é nítido que a relação com alguns jogadores já não era das mais agradáveis e os resultados ruins tornaram insustentável a permanência do treinador em São Januário – além do fato de que sua saída agora, a poucos dias do término do prazo de rescisão contratual, o poupou uma “graninha” de multa.
Bom, rei morto, rei posto. Valdir “Bigode”, até então auxiliar técnico, assumirá interinamente o comando da equipe, provavelmente até a pausa do Campeonato Brasileiro em decorrência da Copa do Mundo.
Há duas possibilidades: a Administração do Vasco, por meio do Gerente de Futebol Newton Drummond e do Diretor Executivo Paulo Pelaipe, teria um mês para analisar o mercado e escolheria um nome com o perfil ideal para ser o novo técnico do time; ou o interino Valdir seria efetivado.
A primeira hipótese seria a mais sensata se o mercado não estivesse tão carente de bons nomes e se o Vasco não estivesse tão afogado em dívidas que o impedem de contratar um técnico caro e de rendimento imprevisível. Nomes como Jorginho, Doriva e Dorival Jr., que já passaram pela Colina Histórica em outras ocasiões são novamente aventados, mas não chegam a entusiasmar.
A segunda alternativa é mais barata – o “Bigode” é funcionário do clube – e mais segura no momento, já que os jogadores têm grande afinidade com o ex-atacante, mas é uma aposta de risco, porque não há nenhuma garantia de que Valdir terá “tamanho” para assumir o comando técnico de um time fraco e em queda livre.
Valdir assumiu o Vasco interinamente em apenas duas ocasiões, ambas no ano passado: no empate sem gols com o alvinegro carioca, pelo Estadual; e na vitória pelo placar mínimo diante do tricolor carioca, pelo Brasileirão. O “Bigode” foi ídolo da torcida cruz-maltina nos anos 1990 – lembro, em especial, de um jogo em que ele deu show na Vila Belmiro! – e, mesmo com uma possível “boa vontade” de todos, não terá vida fácil se os resultados positivos não vierem logo.
Seja com quem for, há uma única certeza: o novo técnico assumirá a gestão de um elenco repleto de jogadores de nível técnico baixo, alguns lesionados e outros insatisfeitos com a situação deles no clube. Para ter sucesso, o comandante deverá ter sintonia fina para lidar com os problemas com inteligência e sensibilidade, além de firmeza na tomada de decisões.
Ou seja: tem que ter bigode grosso – ainda que não tenha pêlos no rosto.
/+/ Saudações Vascaínas/+/
Excelente artigo! Pena que a coluna já esteja defasada, ao menos em parte, em razão das recentes mudanças no comando técnico do Gigante da Colina Histórica… Paulo Pelaipe e Newton Drummond caíram (já vão tarde!); Jorginho Pastor e PC Gusmão assumem o futebol cruz-maltino (não pode ser sério!)… e segue o baile! Como diria Gerson, o Canhotinha de Ouro: “é brincadeira”! Ou, ainda, parafraseando um certo locutor esportivo: “haja coração”! É isso, meus amigos, vamos q vamos! Pra onde? Eu não sei… espero que para dias melhores… Saudações!
Jorginho é o novo técnico do Vasco