A frase, impressionante pela veracidade e hombridade que carrega, foi dita ao final de mais uma vitória sofrida que o Vasco teve no Campeonato Estadual do RJ, neste ano de 2018, pelo meio campo Wagner, um dos mais experientes e “rodados” doe elenco.
Após duas vitórias seguidas, de virada, nos acréscimos do segundo tempo, ao ser interpelado pelo repórter de campo da TV, Wagner não titubeou. Disse o velho chavão de que “o grupo se uniu”, mas, acima de tudo, demonstrou a clareza que somente os anos de vivência podem dar a alguém.
Após a euforia da classificação contra o Concepción e o primeiro jogo contra o Jorge Willsterman (no qual conseguimos uma goleada) em que as belas atuações de alguns jovens podem ter inflados alguns egos, os jogos da volta contra o mesmo time boliviano e os 3 jogos sofridos no estadual colocaram uma excelente dose de realidade em todo o grupo.
Conseguir implantar esta realidade nos jogadores (coisa muito difícil de se fazer no meio futebolístico, onde os altos salários deturpam muito a realidade), é um dos grande méritos desta comissão técnica. No ano passado também fora assim e os resultados foram muito superiores do que o esperado pela grande maioria da torcida e imprensa.
Neste ano, a tarefa é ainda mais árdua. O grupo ficou muito mais jovem, e justamente nos meninos é que se tem uma certa dificuldade de se implantar certos pensamentos mais realistas, em razão de eles estarem vivendo ainda a fase da realização dos sonhos em se tornarem jogadores de futebol. Mas, parece que esse primeiro passo já foi dado.
A partir de agora, que a torcida não se iluda. Somos azarões no Estadual e na Libertadores, mas a gana e a vontade de vencer que parece que esse time ganhou podem nos elevar a um nível maior do que o devido em condições normais.
Em relação ao jogo de ontem, muitas falhas individuais foram vistas (Martín e Erazo se seuperaram), muitos erros de posicionamento defensivo que precisam ser consertados urgentemente (mais alguns gols de bola aérea) e alguns jogadores que estão no banco continuam entrando em campo e “pedindo passagem” para uma chance no time titular (especialmente Rildo e Thiago Galhardo).
Agora é com o Zé Ricardo e sua comissão técnica para reparar as falhas coletivas. Normalmente, quando se acerta a parte tática, os erros individuais tendem a cair exponencialmente e, em “jogos maiores” esses mesmos jogadores tendem a estar mais atentos e evitam erros crassos como vem acontecendo no Estadual e que o clássico contra o Fluminense seja um bom parâmetro do que vem pela frente ao longo do ano.
Que o time tenha “muito culhão” para seguir sendo forte para reverter e suplantar as suas deficiências e siga como Wagner falou: “lutando até o último segundo”, porque esta Cruz de Malta é cheia de glórias, principalmente com a garra e a luta do desbravador português.
Em relação ás notas e ao jogo individual de cada atleta, vamos deixar para um próximo capítulo, o jogo foi “louco demais” e podemos cometer injustiças com um ou outro.
/+/ SAUDAÇÕES VASCAÍNAS /+/
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