Hoje foi um dia em que não queria de jeito algum ter acordado. Antes que alguém pense ser por causa de alguma depressão ou tristeza existencial, ledo engano. O motivo era bom, como costumamos dizer, um sonho tão maravilhoso que não queria acordar. Mas que sonho é esse que levou a este humilde autor a não querer acordar? O sonho maravilhoso tinha nome e sobrenome, Vasco da Gama.
Temporada 2019 começando a todo vapor. O Vasco com o contestado Valentim no comando, contratações nem um pouco animadoras e uma desconfiança monstro. No meu sonho, me via sempre à beira do gramado observando os trabalhos técnicos, seja no Centro de treinamento, seja no estádio de São Januário., observando de perto o excelente desempenho do elenco.

Começou então o campeonato carioca e a equipe demonstrando muita vontade e entrosamento. Maxi e Bruno César bem mais magros. Thiago Galhardo comendo a bola e a defesa muito sólida. Fomos triturando os rivais, até chegarmos à final contra o Flamengo. No primeiro jogo, empatamos em 1×1. Nesse jogo, lembro de termos sido prejudicados por um pênalti clamoroso em Maxi não marcado. Fomos para a última e decisiva partida. Jogo tenso e pegado. Num primeiro tempo alucinante fizemos 2×0 no Flamengo, com um show tático de Valentim, me via na arquibancada pulando e imaginando como seria ser campeão em cima do rival, algo que não acontecia desde aquele épico gol de Cocada. Veio o segundo tempo, logo o rival diminuiu. Aos 39 do segundo tempo, infelizmente veio o empate, num gol impedido, mas validado pelo árbitro. Nossas campanhas eram idênticas, todavia eles venciam pelo saldo de gols, o título parecia ir de novo para Gávea. Até que aos 45 do segundo tempo, numa bola levantada para área por Bruno César, Leandro Castán marca o gol do título numa cabeçada fulminante. Explodíamos de emoção e observava de longe o Abel cair de joelhos no gramado lamentando o gol. Éramos campeões em cima deles! Lembro que apareci do nada no restaurante onde a equipe comemorava o título e tinha o prazer de encontrar nosso colaborador Orlando com uma faixa de campeão e muito bêbado (rsrsrs), comemoramos muito.
Depois veio a Copa do Brasil, lembro que tivemos muita dificuldade em passar pelo Avaí, todavia Maxi e Ribamar, garantiram a nossa classificação. Não lembro dos outros adversários enfrentados até chegarmos a semifinal. Lembro que fazíamos uma campanha irrepreensível no campeonato brasileiro, de certa forma surpreendente, pois vínhamos bem nas duas competições. Disputando os primeiros lugares no brasileiro e chegando as fases mais agudas da Copa do Brasil. Na semifinal da Copa do Brasil, enfrentamos o time do Grêmio. Vencemos em São Januário por 2×1, com gols de Maxi e Galhardo. O gol feito por Galhardo foi digno de Puskas, pois driblou cinco adversários até balançar a rede adversária. Golaço! Fomos à Porto Alegre e empatamos em 1×1, com mais um gol de Galhardo para nos colocar na final. Um time desacreditado, achincalhado e subestimado, tinha vencido o carioca e estava na final da Copa do Brasil contra o Palmeiras. O adversário era muito favorito, todavia essa equipe de “Valentimkloop” já tinha demonstrado seu valor e sua força. O primeiro jogo da final foi em São Paulo. Jogo tenso, porém empurrado por sua torcida, o Palmeias abre 2×0 logo no primeiro tempo. Lembro estar sentado no sofá de casa e ouvir fogos e gritos de vice de novo. Estava nervoso, mas confiante. Na volta para o segundo tempo, um pênalti cometido à favor do Palmeiras. Poderíamos tomar o 3×0, todavia Fernando Miguel pegou o pênalti. Na sequência, Maxi diminui. Ao final do jogo, Maxi empata e traz para o Rio a decisão do título. Num São Januário lotado, o Vasco jogando demais foi campeão com um gol de Ribamar. Lembro que ao apitar final do árbitro, me vejo dentro do campo correndo como um louco abraçando os jogadores um por um, agradecendo a eles por terem recolocado o Vasco no seu devido lugar! Valentim tem o nome gritado pela torcida. Vi Maxi chorando como criança. Foi mágico vivenciar aquilo. Vi do campo muitos vascaínos chorando, inclusive um de nossos mais novos colaboradores, Matheus Barbosa, pois viu poucas vezes o Vasco campeão.
No campeonato brasileiro, lutamos dignamente até o final, porém terminamos em terceiro e Maxi foi o artilheiro da competição. Me vi na premiação dos melhores do campeonato, Maxi, Castan e Galhardo sendo premiados como os melhores em suas posições, mas como tudo que é bom dura pouco, acordei do sonho devido ao maldito despertador. O sonho do Roberto, tinha terminado com chave de ouro, porém o sonho de todos os vascaínos por dias melhores ainda existe, pois enquanto houver um coração vascaíno, o Vasco será imortal e vencedor!

Dias melhores virão, eu creio!

(+) Saudações Vascaínas (+)