O ex-técnico Jorginho já via seu cargo ameaçado na semana passada, chegamos a informar aqui. Ele chegou a resistir à precoce eliminação na Copa Sul-Americana, mas a derrota para os reservas do Palmeiras, após uma substituição sem sentido, custou seu cargo no comando técnico do cruz-maltino.

Passados dois dias de sua demissão, a diretoria, que já havia mostrado despreparo quando contratou Jorginho, mostra novamente quando deixa claro que nunca houve um plano traçado para a substituição do técnico.

O mercado não oferece opções animadoras, o que faz boa parte da torcida clamar pela efetivação de Valdir. O assistente está treinando a equipe para o confronto contra o Ceará, tem a confiança da torcida e dos jogadores, mas sequer teve seu nome mencionado como opção.

Dorival Jr, Jair Ventura, Claudinei Oliveira… Foram citados por estarem no mercado, não por se enquadrarem no perfil adequado. Mas um nome lidera a lista, e não é nenhum desses. O alvo da diretoria é Abel Braga, um técnico extremamente caro e que já recusou propostas de Palmeiras e Santos, com o argumento já conhecido, de não assumir trabalhos com a temporada em curso. Abel já teria negado o convite, mas Campello, que possui bom vínculo com o treinador, segue tentando sucesso na empreitada.

E por que razão a diretoria segue insistindo em um alvo tão complicado? Simples. Mesmo estando acima da realidade financeira do Vasco (o técnico e sua comissão custariam três vezes mais que Jorginho), Abel Braga possui tudo aquilo que nenhum técnico livre do mercado possui. Abel blinda diretorias. Ter um treinador do tamanho de Abel Braga diminui e muito os impactos que grandes vexames dentro de campo causam. Isso explica o porquê de a diretoria do Vasco estar querendo colocar a mão onde não alcança.

A escolha por Valdir, que me parecia à ideal em Junho, hoje não me parece mais. A situação é crítica, Valdir ainda não tem a força necessária para suportar uma possível entrada na zona de rebaixamento. Uma sucessão de fracassos dele seria responsabilidade total da diretoria. Valdir provavelmente sairia absolvido pela torcida, mas prejudicaria o clube a sua carreira.

Não sabemos quem será o técnico, mas o que o Vasco precisa, urgentemente, é de alguém que tenha como qualidade aprimorar o setor defensivo. Enquanto essa peneira não for consertada, continuaremos sem ter êxito nesse campeonato de nível fraquíssimo, e a situação irá piorar cada vez mais. Um clube como o Vasco não pode ter a defesa vazada 69 vezes em pouco mais de meia temporada.

A conclusão que se chega é que uma efetivação de Valdir é praticamente inviável. O perfil que a diretoria quer é de alguém que suporte o rojão quando resultados negativos ocorrerem. Se o Abel não vier, o que é bem provável, quem será que chega para salvar o Vasco e proteger a diretoria?

/+/Saudações Vascaínas/+/