A notícia de que Vanderlei Luxemburgo não continuaria no comando técnico cruz-maltino para a temporada 2020 veio como um banho de água fria. O treinador, que foi recebido com bastante desconfiança, acabou superando as expectativas e tornando-se uma grata surpresa. O resultado de seu trabalho foi tirar o time da lanterna da competição e conseguir classificação para a Sul-Americana. Poderia ter sido mais, mas alguns problemas técnicos custaram alguns pontos preciosos ao time.
O que mais preocupou quando foi confirmada a saída de Luxa foi à reposição, bem mais do que propriamente o seu desligamento. O mercado de treinadores está escasso de boas opções e o Vasco atravessa grave crise financeira, o que acaba dificultando ainda mais contratar um bom técnico.
Ainda em 2019, a diretoria anunciou a contratação de Abel Braga. O treinador retornava ao Vasco vinte anos após a sua última passagem. Um treinador caro, principalmente para as condições financeiras do clube, que atravessa o pior momento da carreira.
Os trabalhos no rival rubro-negro no início de 2019 e no Cruzeiro, no fim do mesmo ano, não foram nada bons. Até mesmo no Fluminense, em 2018, o trabalho de Abel foi bastante questionado.
A escolha da Diretoria era um erro, erro que está sendo confirmado, jogo após jogo. Temos três meses de trabalho e o que se vê em campo não pode ser considerado como time. Um show de desorganização, ausência total de padrão tático, um espaço gigantesco entre meio e ataque, etc.
Há quem use a muleta de que o elenco é fraco para justificar as atuações medíocres do time, mas, convenhamos, o trabalho do técnico consiste em, no mínimo, conseguir dar um padrão tático para sua equipe. A qualidade técnica do elenco não pode ser utilizada como desculpa para ausência de padrão. É possível ter uma equipe boa taticamente, ainda que seu elenco não seja tão qualificado quanto. Não podemos aceitar derrota para Cabofriense, empates contra Bangu e Resende, vitórias apertadas e suadas contra Boavista e Portuguesa. Tudo isso com atuações desastrosas. Ficamos dez dias sem jogar, voltamos pior. O Vasco parece que não treina, parece que os jogadores se encontram meia hora antes dos jogos, colocam os uniformes e entram em campo.
O Vasco de Luxemburgo é um bom exemplo de que a falta de qualidade no elenco não pode ser utilizada como desculpa para atuações patéticas. Faltava qualidade, mas o time tinha organização. A falta de qualidade não impossibilitou o time de fazer boas apresentações e conquistar bons resultados, ela nos impossibilitou de conquistar objetivos maiores, que infelizmente aquele elenco não conseguiria. São coisas distintas e não podem ser colocadas no mesmo pote.
Os três primeiros meses de trabalho de Abel Braga estão sendo desastrosos. Culminou na eliminação precoce da Taça Guanabara, com uma rodada de antecedência. O que é uma vergonha gigantesca. Iniciamos a Taça Rio com empate, estamos na quarta colocação do Grupo B e na oitava colocação na classificação geral do campeonato. Nos classificamos no sufoco para a segunda fase da Copa do Brasil contra um clube da quarta divisão que tem apenas oito anos de vida. Na Sul-Americana, mais uma classificação sofrida. Não fosse o travessão, poderíamos ter perdido a vaga nos pênaltis.
Será preciso as eliminações na Copa do Brasil e na Sul-Americana para que a Diretoria tome uma atitude e contrate um treinador melhor capacitado? Esperamos realmente que não. Pois eliminações precoces em ambas as competições comprometerão e muito o orçamento do clube pro ano. O mercado está escasso, falta recurso financeiro, mas está cada vez mais claro que com Abel Braga, o gosto na boca do vascaíno será cada vez mais amargo.
Algo precisa ser feito, e precisa ser feito já!
Acorda Vasco! Acorda Campello!
/+/Saudações Vascaínas/+/
boa tarde, Rodrigo. Saudações. Perdido, cá prá nós, estamos cá por lá estarem 300 caras que parecem bater cabeças (por diversos Vascos existentes), além da diretoria ávida pelo poder diretoria (grupo político ao qual pertence o Campello) que se prestou ao “papelão – mor’ do golpe da Lagoa, reduzindo a pó o sagrado voto do eleitor, e traindo a si próprio (se realmente prezasse o seu nome enquanto médico por anos no clube) e a todos os vascaínos que gostaríamos de ver prevalecer a democrática vontade das urnas.
Por outro lado, o Abel, amigo do presidente parece ter sido escolhido especialmente pela mesma razão que teria guiado – `a época – a escolha do então quase “ex treinador” e recém-empresário do ramo das “branquinhas” Luxemburgo: ESCUDO. Deu certo naquele caso por motivos facilmente detectáveis: primeiro pela oportunidade (última, creio) do resgate do Luxa, demonstrando um astral e motivação exemplares daquela comissão técnica; e, depois, pela capacidade argumentativa do LUXA que forrava o discurso motivacional junto ao elenco, pois a promessa seria de que tudo seria quitado até o final de Dezembro de 2019. Sejamos justos, Abel (que tem demonstrado desmotivação pessoal), além de escolhas erradas, não tem mais esta “carta na manga”: a de promessa de salários em dia. Soma-se a isso tudo o ano político (na verdade todo ano é), de eleições, e o isolamento neste aspecto da atual diretoria em face das pretensões, repito, de vários conselheiros e grupos que mais parecem torcer por múltiplos vascos, em detrimento do nosso amado e único GIGANTE. Parece, caro Rodrigo, simplista? – sim, e é mesmo. Eis uma realidade sobre a vida como ela é, sem inquilinatos do sublime. SV.