Confesso a vocês que essa pandemia tem me deixado bastante nostálgico. As memórias afetivas estão sendo resgatadas quase que diariamente, principalmente ao rever alguns jogos e momentos de nosso amado clube  e outras coisas no geral. Para a psicologia, a memória afetiva é fundamental no processo de desenvolvimento psicológico, de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Quando resgatamos nossas memórias, estamos trazendo com elas a possibilidade de revisar, compreender e digerir determinadas situações. No meu caso, ver o Vasco campeão me traz lembranças extremamente positivas. Cada conquista reprisada, cada jogador e cada detalhe me traz  memórias maravilhosas.

Entretanto, gostaria de expor pra vocês uma outra paixão antiga, propriamente de um esporte diferente, o basquete. Ao assistir a série do Netflix, Arremesso Final (The Last Dance), pude relembrar momentos mágicos de algumas conquistas dos Bulls de Chicago, capitaneado pelo MAIOR e MELHOR jogador de basquete de todos os tempos, Michael “air” Jordan! Consegui acompanhar somente os três últimos títulos da franquia, todavia lembro do meu vislumbre com o time de Jordan, Pippen, Rodman, Ker, Kukoc e companhia. Não tinha internet, mas, me virava com jornal e jogos transmitidos pela Band (principalmente os playoffs). Ver aquele time em ação me encantava. Era o “meu Vasco” do basquete. Lembro que título de 1998 me marcou bastante, pois marcou o fim daquele esquadrão (The Last Dance), numa final eletrizante contra o Utah Jazz de Malone, John Stockton e Jeff Hornacek. Eram dois timaços. O último arremesso de Jordan pelos Bulls garantiu o sexto título. No mesmo ano também vi o Vasco vencer a Libertadores. Foi um ano mágico pra mim.

Até hoje, só consigo parar para assistir a um jogo inteiro de basquete só sendo dos Touros de Chicago, não tem jeito. Foi um amor brotado na adolescência que carrego até hoje no peito. Um de meus sonhos é assistir a um jogo no United Center.

Mas, a pergunta que fica é a seguinte: Qual a relação dessa paixão estadunidense com o Vasco? Assim como a franquia do Estado de Illinois nunca mais alcançou o topo desde a aposentadoria do MAIOR de todos, o Vasco também sobrevive de sua história passada. As grandes conquistas e os grandes craques ficaram num imaginário distante… Talvez, nesse ano de exceção no qual vivemos, seja mais vantajoso para um pai vascaíno mostrar uma reprise do grande Vasco de outrora do que assistir esse Vasco pálido, insosso e nada competitivo dos últimos anos. Um amigo chegou a dizer a mim: “Poxa Roberto, torcer para o Vasco e Bulls é pedir pra sofrer, hein!”. Rsrs

Será que teremos uma outra dança e um GOAT (forma americana abreviada de dizer melhor de todos os tempos) para nos levar de volta ao topo?  Será que já vivenciamos a última dança?

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Só o tempo irá dizer, pois ele é o senhor da razão!

(+) Saudações Vascaínas (+)