Há pouco mais de 15 meses chegava à Colina Histórica um jovem volante, vindo do Ceará, onde fora revelado apenas dois anos antes. Seu nome: Raul Lô Gonçalves. A missão do rapaz não era fácil: seria ele mais um desconhecido atleta contratado para resolver o antigo problema do meio-campo vascaíno, a saber, a carente qualidade no passe?

A dúvida era pertinente: afinal, o Vasco já havia tentado, com pouco ou nenhum sucesso, firmar vários jogadores na “cabeça-de-área”: Desábato, Wellington, Brunos Silva e Ritter, Willian Maranhão… todos acabaram caindo em desgraça com a torcida. “Tente outra vez”?

Bom, o início de Raul não foi alvissareiro, mas o cearense continuou buscando seu lugar na equipe titular. Aos poucos, ainda que alternando boas e más atuações, ele foi mostrando seu valor; se não brilhava, como “ouro de tolo”, era eficiente e mostrava uma garra absurda.

Com a chegada de Vanderlei Luxemburgo ao comando da equipe cruz-maltina, Raul ganhou a oportunidade que tanto desejava. Não por coincidência, o Vasco tem deixado menos espaços na intermediária defensiva: em 7 jogos desde que ele teve sua titularidade firmada, contra o Internacional, como uma metamorfose ambulante, o time, até então na lanterna do Brasileirão, só perdeu uma partida e levou apenas 5 gols. Não há jogador no atual elenco com número de desarmes maior que Raul: foram 48 até aqui na temporada.

No último domingo, o Vasco interrompeu uma incômoda sequência de mais de 20 meses sem uma vitória fora de casa. E Raul, o nosso “maluquinho beleza”, completando contra o Goiás 50 jogos com a camisa cruz-maltina, foi o símbolo de um time que está longe de ser “o início, o fim e o meio”, mas já aparece como a mosca que perturba o sono dos adversários.

Portanto, Vascão, se estiver difícil, TOCA pro RAUL!

 

/+/ Saudações Vascaínas /+/

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