Vasco e Botafogo protagonizaram neste domingo, um clássico que, se não apresentou um futebol vistoso, com técnica apurada, conseguiu agradar e entreter tanto o público presente, quanto o telespectador, que viu um pouco de tudo.
A partida começou em ritmo acelerado e um tanto quanto violenta. Logo aos 2 minutos, o atacante vascaíno Rildo cometeu falta violentíssima no meia João Paulo, que fraturou a perna no lance. Entretanto, o justo cartão vermelho não veio, comprovando que muito da violência que ocorre dentro e no entorno do futebol, é culpa das pessoas que o dirigem e reflete o mesmo padrão do que ocorre na sociedade brasileira: a irresponsável impunidade.
Nota: Jogadas como essa deveriam ser punidas com severidade e, seu protagonista, afastado dos gramados pelo mesmo período pelo qual o atleta agredido ficar ausente em recuperação.
A partir desse lance, o que se viu foi um Vasco muito melhor postado em campo, procurando chegar ao gol intensivamente e pelos lados do campo. Talvez por castigo dos Deuses, o atacante Rildo também se machucou cedo e foi substituído por Paulinho, que vinha de uma virose e ainda estava em recuperação.
O Vasco manteve sua determinação na partida e o gol não demorou a chegar, em bela penetração de Rios pela direita, que cruzou para o bonito gol de letra de Riascos. Vasco 1 x 0 e sobrando na partida.
O Botafogo sentia a saída de seu principal articulador e ainda no primeiro tempo, acabou alvejado mais uma vez. Agora, Rios leu bem a jogada, cruzando da ponta direita até o lado contrario, para receber a bola, tentar e ser feliz em um belo chute cruzado de canhota, já dentro da área pelo lado esquerdo. A bola ainda desviou levemente no zagueiro e tirou completamente o arqueiro botafoguense no lance, indo dormir no ângulo da meta alvinegra.
A partida então foi para o intervalo e a superioridade vascaína não mostrava o que viria pela frente no segundo tempo. Após os ajustes devidos, o Botafogo voltou mais bem postado, procurando descontar o placar, que até aquele momento, era insuficiente para a sua classificação para as semifinais, tanto da Taça Rio, quando do próprio estadual.
Com o avanço do adversário, o Vasco passou a ganhar muito espaço para o contra-ataque e, contando com muitas falhas da defesa alvinegra, quase chegou ao terceiro gol em diversos momentos.
Mas como no futebol, a máxima que “quem não faz, leva” está sempre se reinventando, em duas jogadas absolutamente despretensiosas, o Vasco permitiu um empate que nem o mais otimista dos botafoguenses poderia sonhar. No primeiro gol alvinegro, o juiz marca um pênalti que apenas ele viu, em jogada dividida ombro a ombro entre Wellington e o atacante botafoguense. Rodrigo Lindoso bateu bem e Martin Silva não repetiu o mesmo heroísmo da partida contra o Jorge Wilstermann, pela Copa Libertadores. Escolheu o canto errado e não saiu nem na foto.
Martin Silva ainda seria lembrado na jogada do segundo gol do Botafogo. Em cruzamento veloz da direita e, em mais uma falha bisonha do zagueiro Paulão, que ficou apenas observando a bola, o atacante Brenner ficou livre para cabecear a queima roupa. Martin Silva espalmou de forma desajeitada, a bola ainda pegou efeito e, após quicar, tomou o rumo das redes, lentamente.
O gol do Botafogo não abateu a equipe vascaína, que partiu para o desempate com bastante personalidade. Após alguns lances perdidos, um deles em que Paulinho, Rios e Wagner (que entrara no lugar de Riascos), erraram suas finalizações de dentro da pequena área, o Vasco acabou chegando à vitória com um cruzamento de Pikachu, que encontrou Paulinho livre para apenas colocar a bola para dentro.
O terceiro gol selava o resultado e devolvia a justiça sobre o que aconteceu na partida, uma vez que o Vasco esteve sempre melhor em campo.
Com a vitória, o Vasco se garante na competição e vai enfrentar o mesmo Botafogo nas semifinais da Taça Rio, ficando também classificado para as finais do campeonato, por ter terminado com a 3ª melhor campanha da primeira fase.
A considerar a aplicação com que atuou e, caso consiga corrigir os erros de posicionamento da defesa, principalmente do zagueiro Paulão, poderá sonhar com degraus mais altos no fraco campeonato estadual de 2018.
Saudações Vascaínas
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