Por Guto Correia

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No domingo, dia 03/04, o Vasco enfrentou o Nova Iguaçu em Moça Bonita. O jogo tinha contornos de decisão, pois uma vitória determinaria quem iria para as semifinais da Taça Rio. Vencedor que foi, o Vasco passou a ocupar a segunda posição do Grupo C, com 12 pontos conquistados. Já o time da capital da baixada terminou em terceiro lugar no Grupo B, totalizando 10 pontos.

O jogo foi tranquilo, com pouquíssimas chances para o adversário. O time vascaíno apesar de apresentar a mesma formação de Cristóvão Borges, já mostra sinais de entrosamento e organização. Contra o Nova Iguaçu, aproveitando a volta de jogadores-chave do departamento médico, Milton alterou a equipe. Escalou Nenê, como sempre centralizado, Kelvin pela esquerda, aproveitando que o jogador é canhoto, e Yago Pikachu pela direita.

No início, a equipe cruzmaltina seguiu utilizando as mesmas armas: ataques pelo corredor direito. Gilberto e Pikachu continuam sendo as opções mais relevantes da artilharia de nossa Nau. Kelvin, pela esquerda, deu maior mobilidade e velocidade ao setor, mas o time ainda carece de maior diversidade de jogadas. Quando pela canhota, as jogadas normalmente acabam em um cruzamento para a área, passe que dificilmente dá certo, dado que contamos apenas com um atacante centralizado.

Mais uma vez, a bola parada foi preponderante para o resultado. Ainda no primeiro tempo, aos 38 minutos, em um escanteio da direita, o zagueiro falhou em uma bola fácil, deixando Rafael Marques livre para marcar de cabeça. 1 a 0 Vasco. Vale ressaltar que Marques cada vez mais se destaca, fazendo o feijão com arroz.

Após o intervalo, o seguimos pressionando, mas sempre pecando na última bola. Douglas quase marcou após novo escanteio, mas Caio Cezar salvou em cima da linha. Destaque, também, para o desentendimento entre Nenê e Douglas em uma bola que o experiente meio de campo pediu o toque e o novo xodó vascaíno preferiu jogada individual.

Aos 12 minutos, o Nova Iguaçu teve oportunidade. Wescley, pela esquerda, rolou a bola para Adriano (aquele que passou pelo time vascaíno em 2009). O atacante, em trombada com Rodrigo, pediu pênalti, mas o árbitro nada marcou.

O Vasco seguiu pressionando. Douglas e Pikachu seguiram sendo os jogadores que mais apareciam no ataque. Aos 30, já chegando ao final do jogo, Nenê deu passe perfeito para Pikachu, que, já dentro da área, escorou para o gol. Mais um gol para o Pokémon artilheiro.

Notas:

Martín Silva – Mais uma vez, o homem de gelo jogou água fria no ataque adversário. Não teve muito trabalho. Nota: 6

Gilberto – Junto com Douglas e Pikachu, são os jogadores mais agudos do Vasco. Nota: 7

Rodrigo – Não comprometeu, o que é raro. Nota: 6

Rafael Marques – Mais um bom jogo, faz o feijão com arroz, joga sério e ainda foi premiado com um gol. Nota: 8

Henrique – As jogadas pela esquerda invariavelmente terminam em cruzamento. Se é assim, precisa treinar mais o fundamento. Está desenvolvendo. Nota: 6.

Jean – Bom jogo. Apresentou melhor desempenho que nos últimos jogos. Sem muitos chutões. Nota: 6

Douglas – Sempre arisco. Apesar de ser volante, sempre aparece como elemento surpresa. Nota: 7

Kelvin – Aparece como opção para a meia. No entanto, segue com aquele jeito que parece atrapalhado mais as vezes dá certo. Nota: 6

Nenê – Autor das duas assistências para os gols. Parece estar voltando à boa forma. Nota: 9

Pikachu – O que falar desse Pokémon que mete gol todo o jogo? O pequeno paraense tem tudo para se firmar no time de Milton. Não sai mais. Nota: 9

Luis Fabiano – Não comprometeu. Também não fez nada. Nota: 5

Julio dos Santos, Wagner e Manga Escobar também entraram em campo. Gostaria de entender o que o paraguaio tem para todo técnico amá-lo. No mais, está na hora de Manga aparecer como titular.

Milton – tem o time cada vez mais nas mãos. Se CB inventava, Milton ousa. Nota: 8

Saudações Vascaínas.