O tema da coluna de hoje traz uma citação evangélica do Livro de Mateus capítulo 12, versículo vinte e cinco. Nela, Jesus de Nazaré, está se referindo ao império das trevas. Ele quer dizer que se está expulsando os demônios pelo poder de satanás, então este reino está dividido e não pode subsistir. Esta foi uma explicação de Jesus para provar que seu poder era advindo do Espírito Santo e de Deus. Porque não existe possibilidade de satanás expelir satanás. O leitor então pergunta: O que isso tem a ver com o Vasco? Tem demônios em São Januário atrapalhando o clube? Bem…
Quero chamar à atenção a famigerada política vascaína e a divisão que ela criou no clube. Há anos o Vasco vem sofrendo com essas divisões políticas. Para defender essa tese, apresento a análise da Pluri Consultoria sobre divisão política em clubes da série A do campeonato brasileiro:
“Um levantamento feito pela Pluri Consultoria, empresa com foco em gestão, finanças e marketing esportivo para clubes, revelou que o Vasco da Gama é o segundo time com maior grau de divisão política entre as 11 equipes que disputam a primeira divisão do Campeonato Brasileiro e que terão eleições em 2020. Um dos critérios avaliados na pesquisa foi o número de candidatos que concorrem ao cargo de presidente. No Cruzmaltino, são, ao todo, 5 candidatos disputando pleito”.
Fonte: https://www.pluriconsultoria.com.br/wp-content/uploads/2020/10/PLURI-Elei%C3%A7%C3%B5es-2020.pdf
Não só por conta de cinco candidaturas que observa-se a divisão política vascaína. São tantos grupos políticos que fica até difícil contar. São vinte anos de ostracismos e brigas políticas. Eleições tumultuadas e decididas no Judiciário. Muitos torcedores duvidam da “vascainidade” de alguns conselheiros e beneméritos, pois na visão da massa, eles são os grandes responsáveis pelas brigas no clube. Entretanto gostaria de chamá-los a uma reflexão. O que leva homens a lutarem pelo poder num clube endividado e com sérios problemas estruturais? A “vascainidade”? DUVIDO! Parafraseando e ao mesmo tempo adaptando uma bela frase cunhada pelo grande filósofo francês Jean Jacques Rousseau, “O homem (vascaíno) é bom, a sociedade (poder) o corrompe”.
Estamos as portas das eleições que acontece no próximo Sábado (07-11) e não temos a certeza que acontecerá. Até o presente momento em que escrevo essa coluna, elas estão mantidas de forma on line. Enquanto os homens brigam por poder, o Vasco sangra, mas sangra muito! O torcedor sofre como um cachorro magro em busca de alimento. O Vasco é eterno, porém a paciência do torcedor não é! Tá na hora desses caras deixarem a vaidade de lado e se unirem pelo bem maior que se chama CLUBE DE REGATAS VASCO DA GAMA! Será que é uma utopia ver o clube pacificado?
(+) Saudações Vascaínas (+)
pois é Roberto. Boa abordagem, e sobretudo, oportuna. Mais do que o número de candidatos e grupos políticos deveríamos nos perguntar, penso: são 5 candidatos que enxergam um bem maior pro Vasco verdadeiramente diferente ideologicamente? e, nesse sentido, idem para os múltiplos grupos políticos: representam correntes de pensamento verdadeiramente diversas e pro bem do clube? se sim para ambas as respostas não vejo como grave a “divisão”, se saudável, e desde que seja colocado o Vasco em altiplano. Do contrário, além de fisiologismo, é fragmento que divide porque não seria exatamente o Vasco quem estaria no topo, mas as vicissitudes do poder, que seria buscada para fins menos altruístas.