O dia de ontem amanheceu lindo, céu aberto, sol, calor, praia. Tudo que a maioria dos cariocas gostam. Um belíssimo dia para rever amigos e familiares, beber aquela cerveja gelada a espera da rodada do meio de semana. Esse era o sentimento do vascaíno. Animados e confiantes em uma vitória. O adversário, tradicional, traz boas lembranças quando vem a São Januário, o retrospecto contra o Atlético/MG é favorável.

Enfim 21:45 e o jogo começa. Apesar de o primeiro lance de perigo ser do Atlético, o Vasco toma o controle do jogo e passa a criar as melhores oportunidades. A opção de Zé Ricardo por Evander na vaga de Jean ajudou o time a ter esse controle. O time conseguia manter mais a bola.

Paulão e Paulinho (que não são dupla sertaneja) tiveram uma chance cada para abrir o placar. Após a insistência, aos 25, Rios abriu o marcador após cobrança de Evander. O time seguiu pressionando, poderia ter ido para o intervalo com uma vantagem maior, mas Paulinho não aproveitou a boa assistência de Rios e acertou a trave. O primeiro tempo foi ótimo!

A volta para o segundo tempo foi o inverso da atuação da primeira etapa. Nos primeiros minutos o Vasco assistia a pressão imposta pelos mineiros. Pressão essa que culminou no gol de empate de Fred, aos 7 minutos, após bobeada de Nenê na frente da área.

Após o empate, o Atlético recuou. O Vasco pressionou, repetiu as 20 finalizações feitas no jogo contra o São Paulo, mas esbarrou na ótima atuação de Victor, que teve um dia de São Victor. Wagner, Paulinho, Rios e Caio Monteiro, todos eles foram parados por Victor.

O jogo acabou e, mais uma vez, o vascaíno saiu frustrado de São Januário. O time empatou as últimas quatro partidas disputadas no Rio pelo mesmo placar, 1×1. O time que teve boa atuação foi vaiado ao fim, por conta de 7 minutos de inércia.

Vasco segue invicto há 11 jogos, mas desses 11, empatou 7. É empate demais! A maioria desses empates foi em situações semelhantes, saiu na frente e não soube jogar com o resultado, e acabou cedendo o empate no fim. Já era para estarmos consolidados no G7, mas com os vacilos seguidos, estamos chegando à conclusão de que o time não merece estar lá.

Os parabéns ficam para a torcida, que fez belo mosaico para homenagear São Januário pelos 90 anos!

1927

Atuações:

Gabriel Félix – Fez uma boa defesa no primeiro tempo em chute de Fred. Sem culpa no gol. É jovem, tem pouca rodagem, precisa de sequência – Nota 5,5.

Madson – Muita vontade e velocidade acertou a trave com uma cabeçada. Saiu machucado – Nota 6.

Paulão – Não passa a segurança que Anderson Martins passa, mas não comprometeu. Também acertou uma cabeçada na trave – Nota 5,5.

Breno – Funciona melhor quando é o coadjuvante – Nota 5.

Henrique – Não vem cometendo falhas defensivas como quando perdeu a vaga para Ramon. Evitou um gol de Otero no primeiro tempo – Nota 6.

Evander – Deu qualidade e velocidade à saída de bola. Iniciou as melhores jogadas do time. Cansou no segundo tempo – Nota 7,5.

Wellington – Seguiu com sua evolução. Soltou a bola com velocidade, não inventou – Nota 6,5.

Yago Pikachu – É o jogador que só agrada ao técnico. Cumpre o papel tático exigido, mas não cria nada – Nota 5.

Paulinho – É um jovem promissor, tem muita qualidade, mas não pode perder as duas chances que perdeu no primeiro tempo. Quase marcou um belo gol no segundo, mas parou em bela defesa de Victor – Nota 6,5.

Nenê – Fez um bom primeiro tempo como todo o time. No segundo tempo quis inventar na frente da área e perdeu a bola na jogada que gerou o gol de empate do Galo – Nota 5,5.

Rios – Marcou o gol e deixou Paulinho na cara do gol. Quase marcou o segundo, mas parou em Victor – Nota 7.

Wagner – Entrou bem, rodando bem o jogo com passes rápidos. Fez bela jogada e chutou no canto, mas também foi parado por Victor – Nota 6,5.

Caio Monteiro – Apareceu apenas em um cruzamento errado que foi parar no gol, para mais uma defesa de Victor – Nota 5.

Gilberto – Errou praticamente tudo o que tentou – Nota 4.

Zé Ricardo – Teve postura diferente de outros jogos, colocou o time para frente e acertou nas mudanças. Não teve culpa no resultado – Nota 6,5.