K.O. é uma abreviação da palavra inglesa “knockout” e significa uma derrota num confronto entre pugilistas. É um termo utilizado especialmente em lutas de boxe quando um dos lutadores consegue golpear fortemente o seu oponente, impossibilitando-o de recuperar os seus movimentos ao fim de 10 segundos contados pelo juiz do combate. Neste caso, diz-se que a vitória foi conseguida por “knockout” ou, na tradução livre para a língua portuguesa, nocaute.

Nocauteado. Foi o que metaforicamente aconteceu com o Vasco no último sábado, em Brasília, no jogo contra o arquirrival rubro-negro, adversário que não vencemos há mais de 3 anos (são 14 jogos de jejum). Pior: se historicamente fazíamos confrontos equilibrados, nos últimos três “combates” atuamos como autênticos “sparrings”¹ dos flamenguistas, como se servíssemos meramente de treinamento para desafios mais relevantes que eles têm pela frente.

Sim, a verdade é dura, mas precisa ser dita.

 

O duelo começou com posições bem definidas: o Flamengo era o “campeão” e quis mostrar logo suas credenciais, com toques rápidos e posse de bola. O Vasco, como todo desafiante, sabia que sua única chance de vitória era buscando a “trocação”, ou seja, devolver de imediato os “golpes” rubro-negros, tentando surpreendê-los no início, o que quase aconteceu.

No entanto, aos poucos, os flamenguistas foram equilibrando o combate e, com um golpe certeiro de Bruno Henrique, abriram a contagem ainda no primeiro “round”. Abalado, o time vascaíno ainda tentava erguer-se quando foi novamente derrubado, desta vez por Gabigol.

O Vasco até buscou uma reação, mas depois de dois “golpes no vazio”, ou melhor dois pênaltis defendidos pelo goleiro adversário, mais dois gols sofridos e só um marcado, o time cruz-maltino ficou contra as cordas e quase foi à lona. No final, até o aspecto físico pesou e a derrota foi confirmada.

 

Além do “nocaute técnico”, o Vasco perde para o arquirrival por pontos, que vão além daqueles computados na tabela de classificação do Brasileirão – 30 a 17. Perdemos pela grande disparidade na qualidade dos elencos, perdemos pelo abismo que separa a organização estrutural, política e financeira dos clubes, perdemos até na torcida presente no estádio, após uma equivocada “venda” do mando de campo.

Amanhã o Vasco da Gama completa 121 anos de existência. Exceto por sua rica História, não há o que comemorar. Resta-nos erguer os punhos, os mesmos com os quais já combatemos adversários mais duros, como a opressão da elite, o racismo e os rebaixamentos… erguer os punhos e lutar. Lutar em campo e nas urnas pelo retorno triunfal do Gigante da Colina ao “hall” dos grandes campeões, onde sempre foi o seu lugar.

 

/+/ Saudações Vascaínas /+/

  1. Palavra inglesa que, no boxe, corresponde à pessoa que participa de lutas simuladas contra o lutador principal, preparando-o para um desafio maior.

Fonte: significados.com.br

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