Desde a chegada de Vanderlei Luxemburgo ao comando do Vasco, a evolução técnica do time é notória. O torcedor mais pessimista diria que isso não é vantagem a ser considerada, porque estávamos na lanterna do Brasileirão. Mas, sendo realista, não são apenas os resultados: com o “pofexô”, o Gigante passou a ter um mínimo de padrão tático, a defesa deixou de ser uma peneira e, mesmo nas derrotas, joga em pé de igualdade ou até melhor do que alguns adversários.
Mas, obviamente, o torcedor cruz-maltino tem o direito de cobrar mais equilíbrio nos 90 minutos e, principalmente, a transformação de um bom desempenho em vitórias. Aí vem a pergunta-chave: por que o Vasco não vence alguns jogos em que tem o domínio das ações?
A resposta pode estar a 11 metros de distância das traves adversárias. Ou até menos.
À exceção do jogo contra o Flamengo, em que conseguiu a façanha de perder 2 pênaltis – mas quando já perdia o duelo -, o Vasco foi derrotado por Cruzeiro e Santos pelo placar mínimo e, nas duas ocasiões, sofreu o gol decisivo justamente quando jogava melhor e logo após ter desperdiçado cobranças de penalidades máximas.
E o cenário poderia ter sido pior: contra o Athletico, a derrota só foi evitada graças a um gol de pênalti convertido por Danilo Barcellos – preterido pelo treinador no último sábado, que elegeu Rossi como batedor da vez.
A que conclusões podemos chegar?
A primeira é evidente: não temos a segurança de um bom finalizador, não apenas para os chutes da “marca da cal”, mas para definir com eficiência jogadas que o Vasco passou a criar. Desde a saída de Maxi López, o time carece de um nome que seja referência no ataque. Times inferiores ao nosso, como Fortaleza, CSA e até mesmo a “lanterna” Chapecoense têm jogadores com maior poder de conclusão do que o Vasco.
A segunda inferência possível para a questão apresentada é mais psicológica: mesmo tendo evoluído nos últimos meses, dá pra perceber que o time ainda sente o peso de uma penalidade ou de uma outra chance clara de gol desperdiçadas, principalmente quando imediatamente sucedidas por um tento sofrido. O aspecto mental do jogo é um velho ponto fraco do Vasco, talvez em decorrência de anos de fracassos e decepções.
Resolver este último problema parece uma missão ainda bastante complicada. Mas a primeira dificuldade pode ter soluções mais tangíveis: a definição de um cobrador oficial de pênaltis – Danilo parece ser o nome ideal -; e o aprimoramento nos treinos das finalizações. Mais do que um “salvador da Pátria”, precisamos de tranquilidade para concluir jogadas que, repito, estão aparecendo.
A torcida cruz-maltina gosta de bom futebol. Mas quer ver bola na rede.
/+/ Saudações Vascaínas /+/
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